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Introdução A expansão dos serviços básicos de saúde na região da Coordenação 5.3 (Santa Cruz – 400.091 habitantes) entre 2008 e 2011 garantiu uma ampliação de cobertura para 83% da Estratégia Saúde da Família, o que provoca a necessidade de superação das deficiências e limitações nos demais segmentos do sistema de saúde. Entre os entraves ainda presentes e críticos permanece a qualidade do registro dos dados e informações dos principais documentos do SUS, como a Declaração de Óbito. Objetivos Avaliar a qualidade dos dados de óbitos na Coordenação de Saúde 5.3 através da analise do teor de dados com informação ignorada ou não informada no período de 2006 a 2010, disponíveis no TABNET/DATASUS do município do Rio de Janeiro. Metodologia A partir dos dados de óbitos do Sistema de Informação de Mortalidade via TABNET online, foram verificadas 5 variáveis (“escolaridade”, “cor/raça”, “estado civil”, “local de ocorrência do óbito” e “assistência médica”) para aferição do percentual de dados ignorados/não informados, comparando o desempenho da Coordenação 5.3 com a média do município do Rio de Janeiro entre 2006 e 2010. Resultado Em todas as variáveis pesquisadas, o município do RJ apresenta queda do percentual de dados ignorados/não informados, mas sistematicamente a região de Santa Cruz se apresenta neutro a essa tendência (especialmente no quesito “Cor/Raça”), e em 3 variáveis ocorre crescimento do percentual de dados ignorados, mais significativamente nos anos de 2009 e 2010; e chama atenção a disparidade para a variável “escolaridade” (O Rio cai de 20% em 2006 para 16%, e a Coordenação 5.3 cresce de 21 para 25%). Conclusão A melhor forma de avaliar e beneficiar a qualidade de vida de uma população passa também pela melhor qualificação de seu perfil de mortalidade. A melhoria dos registros de óbito é uma marca da desigualdade institucionalizada na Saúde.