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INTRODUÇÃO: A asma, doença crônica não transmissível mais freqüente na criança constitui importante problema de saúde pública em nosso país. Numerosos estudos apontam um aumento na prevalência mundial da asma nas últimas duas décadas, assumindo valores de uma verdadeira epidemia. A prevalência média de asma em diferentes regiões do Brasil é de cerca de 20%. Os estudos epidemiológicos referentes à asma no município do Rio de Janeiro são poucos não permitindo conhecer a verdadeira dimensão da doença na nossa cidade. OBJETIVOS: Estimar a prevalência de asma nos escolares da rede municipal de educação do Rio de Janeiro utilizando um novo método de coleta de dados. MATERIAL E MÉTODO: Estudo transversal e descritivo. A população estudada foi representativa de escolares matriculados no 1º e 2º ano da rede pública municipal de ensino,composta por crianças de seis a oito anos. Entre março e junho de 2010, os responsáveis dos alunos foram selecionados a partir dos sorteios de turmas nas escolas das 10 Coordenações Regionais de Educação (CRE). Foi utilizado como instrumento de coleta de dados o questionário escrito (QE) padronizado do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) para a faixa etária de 06 - 07 anos composto por oito perguntas. O questionário foi adaptado e validado de modo a viabilizar a opção do sistema pela realização de entrevistas telefônicas assistidas por computador. As perguntas foram lidas diretamente da tela de um monitor de vídeo e as respostas foram registradas direta e imediatamente em meio eletrônico. RESULTADOS: Foram obtidas informações de 3.260 crianças, com idade entre 6 e 8 anos. Cerca de 51% da amostra foi formada por meninos e 61,6% dos escolares eram de raça negra (13,1% pretos e 48,5% pardos). A duração da entrevista telefônica foi em média de 20 minutos. Do total das crianças participantes do estudo, 20,9% tinham asma. CONCLUSÃO: A utilização do módulo asma do QE do ISAAC adaptado e validado para entrevista telefônica permitiu conhecer a prevalência de asma nas crianças entre 6 – 8 anos da rede municipal de educação do RJ, sendo a mesma elevada.Estes dados são fundamentais para o monitoramento como para o estabelecimento de políticas de saúde.