Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Redução da Incidência de Sífilis Congênita: Uso de Banco de Dados Interno no Controle a Sífilis em Gestante na AP 4.0
Audrey Fischer, Claudia Márcia da Cunha Neves, Adriana da Silva Duarte Nunes, Flávio Lúcio Costa, José Alberto Morais

Resumo


A sífilis é uma doença infecto-contagiosa sistêmica, sexualmente transmissível, de evolução crônica. A gestante não tratada ou tratada inadequadamente pode transmitir a sífilis por via placentária em qualquer momento da gestação ou estágio clínico da doença. O diagnóstico precoce e tratamento são medidas simples e eficazes. No município do Rio de Janeiro, entre 2006 e 2011 ocorreram 362 óbitos com causas básicas relacionadas à sífilis congênita. No ano de 2011, 9,3% dos óbitos fetais e 1,9% dos óbitos em menores de um ano foram causados pelo agravo. Em mais de 50% dos casos, a sífilis leva a desfechos negativos da gestação, aumentando o número de abortos e complicações precoces e tardias em nascidos vivos. A implantação de um banco de dados interno para acompanhamento de casos de sífilis em gestante funciona como ferramenta de organização e optimização do processo de trabalho, proporcionando uma capacidade de monitoramento em tempo real do tratamento da gestante e seu parceiro, tornando mais fácil a ação pontual sobre casos que não apresentam o tratamento adequado. Ainda, torna possível uma visão mais precisa da situação epidemiológica da sífilis em gestante na área, índice que sofre severa subnotificação em fontes oficiais. No ano de 2010 foram realizadas 45 notificações de sífilis em gestante na AP 4.0. Desde a implantação do banco de dados interno, foram realizadas mais de 170 notificações entre os meses de setembro e dezembro de 2011, das quais 80% foram tratadas adequadamente. Ainda que inicial, a experiência trouxe frutos positivos e encontra-se em fase final de implantação.