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Trata se uma análise qualitativa e quantitativa das observações e denúncias de casos de violência contra mulheres registradas nos anos de 2011 e 2012 na maior festa de rua do mundo, o Carnaval de Salvador- BA, internacionalmente reconhecido como festa popular de expressão cultural, de múltiplos sons, faces e cores; capaz de revelar de forma real e tão efêmera o cotidiano da Bahia e de seu povo, servindo de palco a manifestações das marginalizações e violências sociais vividas ao longo do ano. O presente trabalho surge após a experiência pessoal enquanto observadora voluntária da SEMUR (Secretaria Municipal da Reparação) na 7ª edição do Observatório da Discriminação Racial, da Violência contra a Mulher e LGBT. A violência por afetar significativamente o processo de saúde-doença de mulheres, onde o sexismo tende a subalternizar este gênero, implicando na violação dos direitos humanos, faz se necessário o investimento em ações de investigação, mapeamento e registros de dados que possibilitem a investidura em políticas públicas, repensando no papel dos serviços de saúde frente ao cumprimento das ações de intersetorialidade e promoção da igualdade de gênero.