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INTRODUÇÃO: O Agente Comunitário de Saúde é um trabalhador do âmbito específico do Sistema Único de Saúde. A relevância deste trabalhador no contexto de mudanças das práticas de saúde e o papel social do Agente Comunitário de Saúde junto à população constituem a necessidade de sua formação, feita em nível técnico e reafirma a intenção governamental de associar educação profissional à elevação de escolaridade. A profissionalização desses trabalhadores deve, então, considerar as novas perspectivas delineadas para a educação profissional no Brasil que apontam para a elevação da escolaridade e para uma concepção de formação que proporcionecompreensão global do processo produtivo, com a apreensão do saber tecnológico, a valorização da cultura do trabalho e a mobilização dos valores necessários à tomada de decisões. Deve considerar, também, as necessidades apontadas pelo SUS, que exige profissionais com capacidade de atuar nos diferentes setores, de forma a promovera melhoria dos indicadores de saúde e sociais, em qualquer nível do Sistema. O Curso Técnico de Agente Comunitário de Saúde visa preparar profissionais para atuar como técnicos de nível médio junto às equipes multiprofissionais que desenvolvem ações de cuidado e proteção à saúde de indivíduos e grupos sociais, em domicílios e coletividades. Este profissional atua no Sistema Único de Saúde, no campo de interfaceintersetorial da assistência social, educação e meio ambiente, desenvolvendo ações de promoção da saúde e prevenção de doenças por meio de processos educativos em saúde,previlegiando o acesso às ações e serviços de informação e promoção social e de proteção e desenvolvimento da cidadania, no âmbito social e da saúde. As cinco competências que definem o perfil de conclusão do Técnico Agente Comunitário de Saúde estão distribuídas em três âmbitos de atuação deste profissional, tendo a promoção da saúde e a prevenção de agravos como eixos estruturantes e integradores do processo formativo, buscando garantir a integralidade de suas ações, segundo os contextos onde se desenvolvem as práticas. Cada etapa está referenciada numa dimensão concreta do trabalho desenvolvido por este profissional, de forma a garantir a integralidade de suas ações, segundo os espaços e contextos onde se desenvolvem as práticas. LOCAL: COMUNIDADE DO BOREL Trabalho de campo, realizado pelas ACSs da equipe 1do Curso Técnico para ACSs , com aulas ministradas na Escola Politécnica, orientadas pela preceptora Cristina, para elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso. Como introdução ao diagnótico territorial de saúde, foi realizado questionário, composto pelas seguintes perguntas: 1- Onde você procura atendimento de saúde? 2- Você consegue ser atendido? ( )sim ( )não 3- Caso a resposta seja SIM, como você é atendido? 4- Caso a resposta seja NÃO, porque você acha que não é atendido? 5- Você conhece a Estratégia de Saúde da Família? O que você sabe sobre ela? 6- Aponte facilidades e dificuldades para acessar à sua Unidade de Saúde da Família. A partir da análise de conteúdo destas resposta será proposto um plano de ação de promoção de saúde que venha a ser exercido pela equipe multiprofissional da Estratégia de Saúde da Família, que atuante na área da Comunidade do Borel. Resultados Esperados: Pretende-se com a prática deste plano de ação promover a saúde da comunidade, a partir de demandas sinalizadas pela população no questionário realizado para levantamento do diagnóstico territorial de saúde. Análise das respostas dadas pelos moradores ao questionário: Participaram do trabalho de campo as seguintes ACSs da Estratégia da Família do Borel, as quais participam do Curso Técnico de Agentes Comunitários, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fiocruz: Edjane de Fátima, Inês Ferreira, Lourdes Maria, Lucineide Ferreira e Renata Jardim. Categorizando-se os relatos dos usuários, num total de 15 entrevistas podemos encontrar: Facilidades: Obtenção de consultas com hora marcada. Vínculo com a equipe de saúde, sendo atendidos pelos profissionais da sua microárea. Facilidade de acesso devido à localização do posto, dentro da comunidade. Dificuldades: Falta de compreensão pelo usuário do sistema de marcação de consultas para especialidades médicas (SISREG), sua demora e a distância dos locais das consultas. A demora na entrega de resultados de exames, também foi citada por alguns usuários. Notou-se o grande interesse da comunidade na participação em grupos antitabagismo e na realização de exames preventivos para câncer de colo de útero. Também foi relevante o número de homens que conhecem e fazem uso dos serviços oferecidos pela Estratégia de Saúde da Família. Considerações Finais: A população do Borel encontra-se num grau de grande integração com os serviços oferecidos pela unidade de Estratégia de Saúde da Familía, tendo como principais dificuldades em seu acesso, fatores que poderão ser melhorados, com ajustes nos sistemas de marcação de consultas para especialistas e implantação de maior número de grupos de promoção de saúde e prevenção de doenças. Referências Bibliográficas: Ministério da Saúde/ Secretaria de Assistência à Saúde/ Coordenação de Atenção Básica. Manual para a Organização de Atenção Básica., DF, 1999. Ministério da Saúde/ Secretaria de Assistência à Saúde/ Coordenação da Comunidade. Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Brasília, DF, 1997.