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O ambiente escolar constitui um espaço privilegiado para a Promoção da Saúde, uma vez que o conjunto de seus atores e ações podem gerar iniciativas com ênfase na valorização da comunidade, seus sujeitos e sua capacidade de atuação na construção de um novo agir sobre a saúde. Nessa direção, o Projeto de Extensão Universitária “PINAB - Práticas Integrais da Nutrição na Atenção Básica em Saúde”, vinculado ao Departamento de Nutrição/UFPB, atua desde 2009 desenvolvendo ações de Educação Popular e Promoção da Saúde em parceria com a comunidade da Escola Municipal de Ensino Fundamental Augusto dos Anjos e os movimentos comunitários no bairro do Cristo Redentor em João Pessoa/PB. Assim, o cenário escolar foi palco de campanhas, esquetes, gincanas, discussões abertas e dinâmicas onde se discutiam temáticas sobre gestão participativa em saúde, direito humano à alimentação adequada e segurança alimentar e nutricional com intuito de refletir a realidade e o contexto local, visando a participação ativa a luz da educação popular. Ao longo das ações desenvolvidas incentivamos a participação de educadores populares e lideranças comunitárias locais na escola, reforçando sua interação com as atividades pedagógicas escolares e os estudantes. Foram ainda desenvolvidas atividades com a temática do Sistema Único de Saúde (SUS) com intuito de despertar o interesse dos estudantes sobre os seus direitos de saúde, através de rodas de conversas que estimularam o pensamento crítico dos mesmos a respeito do tema abordado sobre a história do SUS e as diretrizes com que este fundamenta-se. Essas ações vêm se refletindo no incentivo à participação popular nos espaços locais de gestão participativa em saúde e construindo novos direcionamentos para a organização comunitária e dos serviços locais a partir de momentos de formação pedagógica crítica. Os extensionistas se sentem enriquecidos com essas experiências nas quais o conhecimento científico dialoga com o conhecimento popular promovendo um olhar mais amplo e transformador. Esta experiência vem aperfeiçoando metodologias com as quais acreditamos poder ser desenvolvida, desde os primeiros momentos da formação dos cidadãos, a cultura da Gestão Participativa num processo de construção permanente de uma nova ética de pensar e fazer saúde, re-significando o controle social em saúde desde a infância e a adolescência.