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Acessibilidade Impedida ou Limitada e a qualidade de vida-perspectiva relevante para a enfermagem.
Resumo
Caracterização do problema: A Constituição brasileira, estabelece que todo indivíduo possui direitos e deveres enquanto cidadão . O Programa Brasileiro de Acessibilidade Urbana, em linhas gerais, enfatiza que estes direitos só podem ser exercidos, se houver um respeito aos princípios de independência, autonomia e dignidade, de forma coletiva e individual. Sendo a acessibilidade uma condição primordial para manter um direito básico pautado na legislação, o direito de ir e vir. Descrição da experiência: Como graduanda em enfermagem a questão de acessibilidade limitada ou impedida, fez-se presente por ocasião do ensino prático em uma comunidade vertical, sem infraestrutura para o livre acesso de automóveis. O acesso se dá por meio de escadas e tem como alternativa um Plano inclinado com três estações. Em uma visita ao local, o plano inclinado não estava em funcionamento. Utilizou-se então, o acesso pela escadaria, o que representou uma imensa dificuldade na subida. Os degraus da escadaria são assimétricos e em grande parte do trajeto não há corrimão na escada,a trajetória foi percorrida com muita dificuldade justamente essa situação que deu origem ao questionamento quanto ao direito de ir e vir dos moradores,principalmente aqueles com acessibilidade limitada(idosos) ou impedida(deficiente físico). Efeitos alcançados e Recomendações: Esta experiência deu início a um estudo que visa como o profissional de saúde pode promover atividades que estimulem a qualidade de vida quando se depara com barreiras físicas e sociais. Considerando o conceito ampliado de saúde é preciso que os profissionais desta área ampliem seus “olhares” e perspectivas assistenciais para com as pessoas com acessibilidade impedida ou limitada, considerando sua vivência, suas relações sociais e suas particularidades. ).Percebe-se que a desigualdade social é o maior empecilho para alcançar as metas traçadas, a fim de atender as necessidades dos mais carentes. Esta pressuposta desigualdade acaba por mascarar uma tomada efetiva de medidas do poder público para diminuir a carência estrutural, como serviços básicos e essências de saúde, lazer, segurança, qualidade de moradia, assegurando a inserção social e o direito de ir e vir que todo cidadão deve desfrutar.