Tamanho da fonte: 

Criada em 2005, a Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro (SMSDC) iniciou um amplo projeto de trabalho voltado para o redimensionamento das práticas educativas dos agentes de controle de endemias, grande parte oriunda da FUNASA e da COMLURB. Entre 2006 e 2008 o projeto envolveu 1.600 servidores de campo lotados nos programas de controle de endemias da Coordenação de Controle de Vetores (CCV) extinta em 2009 e atualmente Coordenação de Vigilância Ambiental em Saúde (CVAS). O projeto objetivava repensar e redimensionar as várias práticas dos agentes que integravam a CCV na perspectiva da Educação Popular em Saúde e com ênfase no Planejamento Educativo Integrado (PEI). No inicio de 2009 retomamos a proposta com parte dos agentes envolvidos para a formação de espaços integrados entre as práticas de vigilância e de promoção da saúde nas 10 Áreas de Planejamento (AP) do município a partir do levantamento e da definição de prioridades no cotidiano das práticas operacionais de campo. Entre 2009 e 2010 realizamos 12 rodas de conversa e de construção compartilhada acerca ações educativas em saúde com vistas a interlocução e mediação de propostas com os setores locais. Em 2009 esta iniciativa também participou na interlocução com vistas a formação do primeiro grupo de agentes culturais de saúde do Núcleo de Ciência, Cultura e Saúde da SMSDC e orientada pelos pressupostos da Vigilância em Saúde (território e cultura local), da Promoção da Saúde (intersetorialidade das ações) e da Educação Popular e Saúde (diálogo e participação social). A segunda etapa do projeto foi iniciada em 2011 reunindo 46 agentes educadores em saúde na perspectiva de fomentar o planejamento integrado e participativo através de formação pedagógica e especializada em Promoção da Saúde e Educação Popular em Saúde, oficinas e rodas de conversa nas 10 Áreas de Planejamento (AP). Este processo de trabalho tem fortalecido o diálogo entre as áreas de Vigilância e Promoção da Saúde e o debate e entendimento acerca das diretrizes da política Nacional de Educação Popular em Saúde a partir do envolvimento das equipes de saúde, agentes e educadores, na formulação de uma agenda de saúde articulada e comprometida com os princípios norteadores do Sistema Único de Saúde (SUS). O resultado qualitativo desta proposta, também, tem contribuído na ampliação da mobilização social para o controle da dengue no município do Rio de Janeiro a partir de espaços locais de debate e reflexão acerca dos atuais modelos de intervenção e do redimensionamento das práticas educativas e das estratégias de prevenção e de promoção da saúde.