Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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SAÚDE DO IDOSO E ARTETERAPIA: participação e promoção da saúde
Ana Esmeralda Monteiro Barreto, Maria Cecília Tavares Leite, Charlene Souza da Silva, Jéssica Góes dos Santos, Simone Moreira dos Santos, Vívian dos Santos Silva

Resumo


O trabalho é produto de pesquisa desenvolvida na Unidade de Saúde da Família Edézio Vieira de Melo, pela equipe de Serviço Social – tutor, preceptor e discentes - através do Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde da Família/Aracaju, em convenio entre a Secretaria de Saúde e a Universidade Federal de Sergipe. A pesquisa teve como objetivo central conhecer os impactos da arteterapia na qualidade de vida dos idosos do grupo “Arte e Vida” dessa USF, que utiliza a mediação da arte nas atividades de educação e promoção da saúde. Os sujeitos da pesquisa foram constituídos pelas idosas do grupo “Arte e Vida”, um total de 21 idosas que participam regularmente das atividades desenvolvidas desde a criação do grupo em 2008. A pesquisa teve enfoque qualitativo, tendo em vista a natureza dos seus objetivos. Os dados foram coletados através da observação sistemática durante as reuniões, que acontecem quinzenalmente, dos prontuários, das fichas cadastrais do grupo e do banco de dados do SIAB. Os dados coletados foram organizados e analisados de acordo com as categorias analíticas construídas durante o processo, tais como: perfil socioeconômico dos sujeitos do grupo, demandas de consultas, utilização e constância do uso de medicamentos. Alguns dos dados foram organizados em gráficos, descritos e analisados. Os resultados iniciais da pesquisa demonstram que: há predominância absoluta do sexo feminino; 44,4% dos sujeitos são aposentados e declaram renda familiar de até um salário mínimo; 55,5% apresentam como nível máximo de escolaridade o ensino fundamental completo; 94,5% dos sujeitos do grupo referem alguma queixa de doença, com maior predominância da H.A. (56%). Constata-se, essencialmente, que os sujeitos defendem e praticam a “cultura da participação”, haja vista que participam de outros grupos, com predominância em grupos religiosos (50,0%) e em outros grupos de convivência (44,4%); há uma visível estabilidade tanto no que se refere ao uso de medicamentos, quanto a freqüência de consultas, apresentando uma pequena redução nesta última. Conclui-se que as alternativas de educação e promoção à saúde que utilizam a mediação da arte como proposta pedagógica, constituem importantes ferramentas para o rompimento, ainda que parcialmente, com os projetos terapêuticos focados meramente nos aspectos biológicos e para a problematização sobre os aspectos subjetivos que implicam no adoecer.