Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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A NATURALIZADA COBRANÇA NO SUS DESNATURALIZADA PELA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E MOVIMENTA-AÇÃO DE VERSUSIANOS EM PALMEIRA DAS MISSÕES/RS
Gisáh Michels Chein, Graziela Piovesan, Anderson Luis Schimitz, Liamara Denise Ubessi, Vanessa Fátima Schons, Maurício Pelegrini, Lairton Bueno Martins, Liane Beatriz Righi, Alex Barcelos Monaiar, Andressa Caroline Luft Pilati, Bruna Costa Santos

Resumo


As Vivências e Estágios no Sistema Único de Saúde – VER_SUS/Brasil/RS aconteceram em vários municípios brasileiros. Em Palmeira das Missões, Chapada e Novo Xingu, teve como propósito criar espaços de vivencia e discussão da saúde nestes municípios, com foco na atenção primária em saúde na interface com gestão, atenção, formação, controle social e participação popular em saúde. Considerou que a aprendizagem significativa pode ser emancipatória, pela produção de autonomia. Utilizou como método a auto e co-gestão. Nas Vivências, na experiência de dialogar e na dialogicidade do diálogo, reforça-se o fundamento sanitário de que saúde é um direito fundamental, inalienável e intransferível. Então, cobrança no SUS é crime. Este trabalho objetiva relatar a vivência de versusianos na busca por atendimento em instituição hospitalar no município de Palmeira das Missões/RS. Utiliza como método o relato de experiência do tipo qualitativo descritivo. Versusiana necessitou de atendimento em serviço de pronto atendimento em hospitalar na cidade de Palmeira das Missões/RS, o qual lhe foi cobrado. A mesma se negou a pagar e o serviço não foi prestado. Era SUS. É um direito. Diante disso, foi acionado a Brigada Militar para registro da ocorrência, uma vez que cobrança no SUS é crime. O acesso ao SUS é universal. No dia subsequente ao episódio, averigou-se no Hospital que havia sido aberto um prontuário para a mesma, o que causou muita surpresa, pois não havia sido atendida. Também, o profissional que se negou á atende-la, forjou receita médica e história inverídica para ‘comprovar’ que havia atendido a mesma. Diante disso, estudantes não se calaram. Fizeram a voz e a vez de muitos usuários palmeirenses que pagam para serem atendidos no SUS ou não são atendidos. Foram para as ruas da cidade dialogar com os mesmos, informar que tem direito a Saúde e que não precisam pagar por isso, instruindo-os a participar dos espaços de controle social e a denunciar a cobrança no SUS. Denunciam à 15ª coordenadoria Regional de Saúde, ao Conselho Intergestores Regionais (CIR), bem como ao Ministério Público, Conselho de Medicina, Secretaria Estadual e Conselho Municipal e Estadual de Saúde e acionam a Câmara de Vereadores da Cidade para colocar em pauta esta questão na cidade. Por fim, da naturalização da cobrança no SUS, a partir da aprendizagem significativa em ato, estudantes denunciam e produzem perturbações na cidade, começam a desnaturalizar o naturalizado, a disparar empoderamentos.