Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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AGRAVOS E ESTRATÉGIAS - UMA ABORDAGEM INTEGRATIVA ENTRE VER-SUS/PI E ESF
Paulo Filho Soares Marcelino, Bruna Rodrigues Barbosa, Maiara Carvalho Nogueira, Manoel Guedes de Almeida, José Ivo dos Santos Pedrosa

Resumo


INTRODUÇÃO. O projeto Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS) tem caráter multidisciplinar com vistas à inserção de estudantes de graduação na prática de Nova Saúde Pública. A proposta de associar acadêmicos das mais variadas áreas em um único ambiente de ação é o alicerce para o desenvolvimento do estágio, ao estimular o modelo de equipe multiprofissional necessário ao bom funcionamento do SUS. OBJETIVO. Abordar os agravos mais freqüentes na comunidade visitada; analisar a ações da Unidade Básica de Saúde (UBS), no sentido de prevenção, promoção, controle e reabilitação. MÉTODOS. Pesquisa etnográfica qualitativa através do estágio de vivências VER-SUS no período de 24 de fevereiro a 02 de março de 2012 na UBS Santa Luzia, Parnaíba-PI. Baseou-se em visitas domiciliares, rodas de conversa e grupos de discussão entre gestores, estudantes, profissionais, líderes comunitários e professores da UFPI. RESULTADOS. Foram encontrados principalmente casos de doenças crônico-degenerativas e metabólicas em adultos e idosos. Já em crianças, há considerável número de parasitoses e problemas nutricionais. Notaram-se também casos de Saúde Mental de difícil acompanhamento por conta da escassez regional de profissionais e insegurança dos demais em atuar com a questão. As ações da UBS são mediadas, principalmente, pelo vínculo dos ACSs com a comunidade. Além disso, a UBS, em parceria com o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), desenvolve atividades multidisciplinares de promoção e prevenção da saúde, como práticas de exercícios físicos com idosos e o Hiperdia. No entanto, as práticas exercidas pela UBS nesse sentido se mostraram deficientes quanto às reais necessidades da comunidade, já que o número de casos se mostra em crescimento e, aparentemente, o trabalho desenvolvido na comunidade não tem surtido os efeitos esperados. Além disso, notou-se nítido despreparo de alguns ACSs quanto ao manejo de informações, o que dificultava a intervenção precoce no tratamento. CONCLUSÃO. As ações da ESF ainda centram-se em aspectos estritamente biológicos. Apesar do insipiente de mudança iniciado pelo NASF, observa-se crescente número de doenças crônico-degenerativas e infecciosas evitáveis com medidas simples de educação em saúde e empoderamento coletivo na elaboração de políticas locais de planejamento e controle. Esses fatos induzem à reflexão a cerca das ações da ESF na região e sua abrangência quanto aos determinantes da saúde e doença.