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A complexidade do campo da Saúde, as representações do senso comum atreladas aos instrumentos formadores de opinião e a fragilidade da formação acadêmica em saúde pública, nos convocaram a adentrar no contexto do projeto de vivência na realidade do SUS (Ver-SUS) com implicação não apenas nas estruturas físicas e tecnologias duras, mas com a perspectiva voltada para o olhar a cidadania, autonomia e produção de vida.Portanto, esta produção parte do objetivo de dialogar sobre a experiência de participação realizada numa região de saúde no interior do estado do Rio Grande do Sul. O encontro que potencializa esta intervenção se dá por dois integrantes: um versusiano e um facilitador do projeto. Propomos, enquanto agentes do processo, apresentar um recorte desta vivência através de uma escrita cartográfica de afetos, que carregam elementos, dicotomias e paradigmas. Neste mapeamento de subjetividades, nos acompanham alguns autores que compõem práticas filosóficas e sociais em prol da vida, entre eles citamos Nietzsche Deleuze, Guattari, Focault, Spinoza, entre outros. Os componentes que emergem no campo desta vivência, se dão a partir do entrelaçamento de saberes e práticas, que se contornam pelos movimentos de aproximação e diferenciação, um jogo, que propicia o encontro com o coletivo, com as instituições de saúde e questões da estrutura curricular. Percebemos que o processo de estágio exigiu uma intensa necessidade de compartilhamento de registros, que minerados das ações diárias pelo contato com serviços de saúde e questões sóciopolíticas, nos fazem continuadamente (re)pensar e problematizar a Formação Acadêmica, o Ver-SUS e o Sistema Único de Saúde.Dentre alguns resultantes desse cenário, emergiram dispositivos propícios para a construção de um coletivo, direcionado a transformação da realidade e a transversalidade de diferentes campos de saberes e práticas, bem como esta escrita, que doravante não visa construir conceitos ou certezas sobre o campo da saúde.