Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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EDUCAÇÃO, TRABALHO E SAÚDE: ESTÁGIO DE VIVÊNCIAS NO SUS-BA, RELATO DE EXPERIÊNCIA
Ionara Magalhães de Souza, Ana Cláudia Conceição da Silva

Resumo


A integração educação, trabalho e saúde é, reconhecidamente, área crítica do processo de reorientação do setor saúde, haja vista que, é através da formação política em saúde que indivíduos são sensibilizados para o trabalho pensado para a coletividade e embasado nos princípios e diretrizes do SUS. A quarta edição do Estágio de Vivências no SUS ocorreu no período entre 14 e 23 de dezembro de 2011. Tratou-se de um estágio observacional, promovido pela Escola Estadual de Saúde Pública da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (EESP/SESAB), realizado em Salvador-BA. Participaram desse estágio 13 estudantes de diversos cursos de graduação de distintas Universidades da Bahia. O estágio consistiu em desenvolver um olhar crítico e aproximado da realidade do SUS em sua totalidade. Durante nove dias, acompanhados de mediadores da aprendizagem, na condição de discentes e estagiários, conhecemos diversos setores de saúde, representados nos três níveis de atenção à saúde. Na vivência contemplamos o cotidiano dos trabalhadores de saúde, participamos de rodas de conversas com gestores, técnicos, coordenadores de distintas especificidades, realizamos discussões tematizadas, visitamos Unidades Básicas de Saúde, Hospitais, Associação de moradores, Conselhos de Saúde, Vigilância Epidemiológica, Centro de Atenção Psicossocial, Diretoria Regional de Saúde, Secretaria de Saúde. Esse estágio possibilitou-nos identificar o perfil epidemiológico da população observada; a política de gestão; a organização do setor saúde; os fluxos, condições e processos de trabalho; compreender a importância da qualificação profissional e reorientação do modelo de assistência à saúde; as ações longitudinais; vínculos entre equipe e comunidade; multidisciplinaridade, intersetorialidade, multiprofissionalidade; formas de atuação dos conselhos locais e distritais; participação popular; infraestrutura, desenvolvimento e planejamento em saúde; cobertura das ações e serviços destinados à população; investimentos em formação e educação permanente em saúde; territorialização e descentralização das ações de modo a ampliar a compreensão acerca da complexidade que envolve o sistema de saúde, seus limites e potencialidades. Esse estágio acenou para a relevância da formação permanente contextualizada, pautada em metodologias ativas sob a perspectiva da formação de profissionais proativos, dinâmicos, críticos e reflexivos.