Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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ESF URBANA E/OU RURAL? VIVÊNCIA EM MUNICÍPIO PEQUENO DO RS EXPERIMENTA COMPLEXIDADE E SINGULARIDADE
Lairton Bueno Martins, Andressa Caroline Luft Pilati, Graziela Piovesan, Juliano Tramm, Jaqueline Arboit, Vanessa Fátima Schons, Anderson Schmitz, Liamara Denise Ubessi, Liane Beatriz Righi

Resumo


Introdução: O entendimento do conceito de saúde, bem como a organização das redes e o Sistema Único de Saúde (SUS), exige dos estudantes uma formação crítico-reflexiva. O ensino nas Universidades opera de um jeito. As Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único - VER_SUS tem uma proposta diferente, impulsionada pelo protagonismo estudantil. Os estudantes vivenciaram uma nova forma de abordar/vivenciar saúde na região norte do Rio Grande do Sul e ao longo de discussões e visitas, estiveram em contato com Estratégias de Saúde da Família (ESF) urbanas e rurais. Objetivo: relatar vivências na Saúde em município de pequeno porte ao norte do Rio Grande do Sul na atenção a saúde urbana e rural, em discussão com os princípios sanitários. Metodologia: relato de experiência descritivo, de caráter qualitativo. O mesmo foi desenvolvido no VER-SUS 2012 em Palmeira das Missões, Chapada e Novo Xingu/RS em fevereiro de 2012. Resultados: Na Vivencia, os estudantes visitaram o município de Chapada com nove mil e quinhentos habitantes, discutiram com o gestor e equipe a saúde no município, que se organiza em um Centro de Atenção Integral a Saúde (CAIS), constituído em 1990. No mesmo, possui uma ESF e outra no meio rural. Tratam-se da principal porta de entrada no SUS, ao encontro dos princípios sanitários. Na visita a ESF rural, que abrange cerca de mil e seiscentas pessoas foi informado que a demanda dos usuários no meio rural concentra-se no CAIS, centro da cidade, e congestiona o serviço. Remete a discussão, que lugar é mais complexo. Por complexidade, entende-se que não tem um lugar fixo, vai depender da situação. A ESF rural é um modo de estar mais próximo dos trabalhadores rurais. Por outro lado, há um imaginário que o urbano é mais complexo e que neste território se tenha mais resolutividade na saúde, o que, inclusive, pode ser reforçado pelo próprio serviço, porém não se pode afirmar se seriam estas as questões que levariam os usuários a opção de busca pela assistência no CAIS. Considerações finais: a vivência oportunizou conhecer estas realidades que nos remeteram a pensar a complexidade no SUS, o acesso à saúde, a função da ESF, que cabe a gestão, equipe, controle social e comunidade discutir a Saúde e de como é singular a saúde em cada município. Isso é VER_SUS/Brasil, possibilidade de aprendizado pelo contato de imersão e experimentação do SUS, que provoca a pensar a realidade em sua diversidade.