Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Estágios de Vivência como dispositivo de interferência na formação acadêmica
Alex Barcelos Monaiar, Liamara Denise Ubessi, Lairton Bueno Martins, Jaqueline Arboit, Vanessa Fátima Schons

Resumo


Os estágios de vivência não estão dentro da grade curricular de cursos de graduação, são estágios que possibilitam uma experiência educativa e formativa diferenciada. Compreendendo educação como processos formativos que se desenvolvem tanto na universidade como em movimentos sociais. Surgem como uma forma de colocar os estudantes da Universidade em contato com uma realidade que só se ouve ou se fala, mas que não se experimenta. Trata-se de Vivências construídas por movimentos sociais, dentre eles o Estudantil. Por esta via, se percebe e trabalha a realidade. De caráter interdisciplinar, estudantes de diversas áreas partilham saberes e olhares na busca de compreender qual a função do Estado, da Universidade e sua diante à realidade e dos problemas sociais com que se depara. As realidades de que tratam essas formas de experimentação na práxis, são a agrária e da saúde, no Estágio Interdisciplinar de Vivência (EIV) e Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS). Objetivo: Discutir os estágios de vivência EIV e VER-SUS como dispositivos de formação na graduação que não formate os sujeitos do e no processo, bem como para que os estudantes entrem em contato com a realidade que estudam e irão atuar. Resultados: Através de que ‘lente’ nos mostram o mundo, suas potências e seus problemas? Demandas de quem que definem os problemas e/ou constroem as potências? O que está mais próximo do ensino e vivência universitária? A comunidade ou a empresa mais próspera? Esses foram alguns dos questionamentos ao fim destas vivências. Ao mesmo tempo em que se está na Universidade para se formar e conhecer os problemas do mundo percebe-se o quão se está afastado destes propósitos. Viu-se a necessidade de repensar a formação universitária que “recebemos”, para assim nos inserirmos ao mundo ao invés de nos adaptarmos. Entrar em organizações, sejam elas centros acadêmicos, partidos ou movimentos sociais é um dos modos de construir os próximos estágios e trazer mais estudantes para a luta de transformação da Universidade e da Sociedade, pois uma reverbera na outra. Palavras-Chave: Educação, Estágio, Movimento Estudantil, Movimento Social