Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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SENTIMENTOS EM TENSÃO NO MÉTODO DE FACILITAÇÃO E APOIO NO VER-SUS/BRASIL NO NORTE DO RS
Jaqueline Arboit, Vanessa Fátima Schons, Lairton Bueno Martins, Alex Barcelos Monaiar, Liamara Denise Ubessi, Liane Beatriz Righi

Resumo


Introdução: As Vivências e Estágios na realidade do Sistema Único de Saúde – VER_SUS/Brasil tendem a contaminar corações e mentes. Neste sentido, algumas pessoas se inseriram na mesma como facilitadores e apoiadores.Ser facilitador e apoiador é uma questão que pressupõe o compromisso de promover um ambiente de ensino e aprendizagem problematizador do vivido nas Vivências, de modo a contribuir com o pensar reflexivo e crítico de versusianos e de si. Há diferenças de funções, mas esses atores podem construir juntos o conhecimento, em co-responsabilização e em inclusão do diverso e da diversidade, em uma formação voltada para o SUS. Trata-se de uma intervenção mexer na formação. É, pois, neste contexto que são co-produzidos diferentes sentimentos e sensações, que influenciam o ser e estar na Vivência. Objetivo: Descrever os sentimentos experimentados no método a partir da facilitação e apoio no VER_SUS, realizado no norte do estado do Rio Grande do Sul, em fevereiro 2012. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, a partir da vivência como facilitadores e apoiadores no VER_SUS, realizado nos municípios de Palmeira das Missões, Novo Xingu, Chapada e Santa Cruz do Sul. Resultados: Buscou-se experimentar o método da co e auto-gestão. Experiência primeira de um método. Experiência primeira de ser facilitador e apoio neste processo. Trabalhar com demandas dos versusianos e próprias foi complexo. Não se desejava diálogos homogêneos. Explica-se pela diversidade e efeitos na subjetividade. A diversidade se comemorou em sua intensidade, na produção de algum comum em prol da saúde como um direito fundamental. Autonomia, co-responsabilidade e construção foram palavras chaves nesse processo. Vivia-se (des)construção ao mesmo tempo que se construía e caminhava para (in)certos objetivos. Vários foram os sentimentos, em tensão, tanto de fracasso quanto de conquista. Fracasso pela incerteza do modo que se estava andando no caminho. Certeza de que se queria mudar o modo de andar pelo caminho. Por fim, o método para fazer isso foi o da co-gestão, na perspectiva da produção de autonomia e empoderamento das pessoas. Essa foi à vitória! Sensibilizados usuários, gestores, estudantes e trabalhadores. Foi-se construindo um método, que nem todos acompanharam no caminho, movidos por outros devires, mas mesmo assim, se conseguiu resistir, andar e construir um SUS diferente paraPalmeira das Missões, na semeação de vida e ideias nos municípios da região, nas pessoas, no SUS.