Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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VER_SUS/BRASIL/RS E A GESTÃO DA SAÚDE EM MUNICÍPIOS DE PEQUENO E MÉDIO PORTE DA REGIÃO NORTE DO RIO GRANDE DO SUL
Anderson Luis Schmitz, Vanessa Fátima Schons, Jaqueline Arboit Arboit, Gisah Michels Chein, Vera Márcia Lehnem Lima, Liamara Denise Ubessi, Liane Beatriz Righi

Resumo


A proposta de Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde – VER-SUS surge da articulação do Ministério da Saúde com o movimento estudantil. Visa possibilitar espaço de integração e contato com as formas de gestão e organização dos serviços, bem como conhecer as políticas públicas de saúde nos municípios, em articulação com a atenção, controle social e formação em saúde. Este trabalho objetiva analisar a relação da gestão com a atenção, controle social e formação em saúde em municípios de pequeno e médio porte da região norte do Rio Grande do Sul a partir do VER_SUS/Brasil/RS, fevereiro 2012. Trata-se de relato de experiência a partir do VER_SUS/RS na gestão em relação a atenção e controle social no sistema de saúde, nos municípios de Palmeira das Missões, Chapada e Novo Xingu. Os estudantes em diálogo com gestores e trabalhadores de saúde nos municípios apreenderam aspectos quanto aos modos de gestão do trabalho e da saúde. Dialogou-se com os usuários sobre efeitos e resolutividade do modo de gerir e atender na saúde. Eis os principais resultados: (a) os três municípios em análise, no que se refere à gestão na saúde, possuem características distintas e similares. São geridos por homens, dos quais, dois são agricultores; (b) em um dos municípios, observou-se rotatividade de gestores, que tem influenciado o processo de trabalho em saúde e na co-responsabilização entre atenção e gestão e dissociabilidade com o controle social; (c) noutro, foi notória a implicação e o controle da gestão nos aspectos de saúde e na inter-relação com outros setores no município, atenção e controle social; (d) e destaca-se município, o qual se organiza em um número menor de Secretarias. Nestas, possuem gestores-diretores. Há uma Secretaria nominada de Educação, Saúde e Assistência Social, com um Secretário, com direções por área. Observou-se que esta forma de organização facilita o contato entre gestores-diretores no trabalho em saúde. Também, neste município, há uma sintonia entre gestão, atenção e controle social, e o ‘controle’ centrado na gestão. A saúde, nestes municípios, tende a andar no compasso da gestão. A ação intersetorial facilita o trabalho e contribui para interferir no processo saúde-doença. Observou-se que a produção de saúde depende da articulação da gestão com a atenção, controle social e formação em saúde e que estes municípios, em seus cenários, procuram operar nesta composição, embora seja um constante desafio.