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Caracterização do problema: O Sistema Único de Saúde é resultado da participação popular e garante direito à saúde a todos os cidadãos brasileiros. No entanto, por vezes, percebemos que a população não tem ciência dos seus direitos, bem como o funcionamento do sistema, se perdendo em suas inúmeras siglas e nos diversos departamentos e serviços. Os jovens, ao ingressar nos cursos universitários, trazem consigo essas incompreensões. Aos que não optam por fazer um curso na área da saúde, poderão concluir seus respectivos cursos sem serem acrescidos em nada sobre o SUS. Já os que optam por cursar um dos diversos cursos na área da saúde, terão a oportunidade de aprender em teoria, mesmo que em muita das vezes fragmentada, o funcionamento deste sistema, isento muito das vezes da vivência sistêmica tão necessária ao entendimento e aprendizado do mesmo. Descrição da experiência: Discentes de vários cursos participaram por oito dias do estágio vivencial VER-SUS, o qual foram expostos seus atores, juntamente com a complexidade sistematizada do funcionamento de uma rede do Sistema Único de Saúde na cidade de Betim-MG, por meio de visitas guiadas aos diversos serviços prestados e preconizados pelas políticas e diretrizes do SUS. Efeitos alcançados: A experiência trouxe aos alunos a visão holística do funcionamento do SUS. Experiências trocadas, dúvidas e o sentir “viver o SUS” foi de valor ímpar, pois mostrou aos atores que o SUS é muito maior do que pensavam ser. O entendimento dos papéis dos profissionais, da população e que o SUS se faz com a participação de todos, como atores sociais alcançou inclusive os discentes que não estavam diretamente ligados às ciências da saúde. E que saúde é feita através de políticas públicas de qualidade, força de vontade e superação. Recomendações: Para sua consolidação, é preciso mais do que o estado fazer garantir as legislações que o regulamentam, dependendo sobretudo dos atores que o utilizam e o implementam. E para além disso, tratar as discussões de um sistema a ser consolidado sob bases contra-hegemônicas, trazendo assim para cotidiano as diversas discussões que o mobilize em sua defesa, promovendo assim a quebra de falsos paradigmas. Aos acadêmicos das ciências da saúde, a vivência é importante para além do ver e saber, pois há um mundo muito maior funcionando por trás das cortinas dos saberes transmitidos durante a graduação e nem sempre temos a oportunidade de vivenciar.