Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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VER-SUS e Residência Multiprofissional: espaços de mobilização para o SUS
Monique Alves Padilha

Resumo


CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMAEste trabalho é resultado de experiência vivenciada pela autora como estagiária e comissão organizadora do VER-SUS/ES nos anos de 2008 e 2009 que culminou no interesse pela residência multiprofissional. Este relato surgiu da necessidade de expor a importância destas vivências como forma de integrar os futuros profissionais da saúde ao SUS permitindo conhecer o sistema, ter contato com usuários, assim como o exercício profissional diferenciado, com mais qualidade. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIAEm 2008, participando do VER-SUS/ES como estagiária com acadêmicos de medicina, fisioterapia, psicologia, enfermagem, serviço social, nutrição e odontologia, permitindo conhecer melhor cada profissão. Visitamos a rede de saúde do um município, conhecendo os serviços, e no final de cada dia discutíamos nossas impressões, um espaço de debate importante. No ano seguinte, como comissão organizadora, surgiu uma nova possibilidade de realização do VER-SUS no Espírito Santo, uma parceria com o Conselho Estadual de Saúde, e para tal participamos de muitas reuniões neste espaço. Diante de tal convívio com essa equipe multiprofissional percebi que a atuação integrada fazia com que o resultado fosse de mais qualidade, o que me fez aproximar da residência após a graduação, em busca de aprender a trabalhar de forma integrada na assistência. Na residência pude compartilhar experiências que me ajudaram a ampliar o olhar, além de participar de novos espaços de discussão com atores que compartilham o interesse pela integralidade entre as profissões e o fortalecimento do SUS tanto na assistência quanto na gestão, como o Fórum Nacional de Residentes. EFEITOS ALCANÇADOS E RECOMENDAÇÕESEstas experiências permitiram me aproximar de realidades e de estudantes que buscam espaços de discussão para troca de idéias e reflexão, assim como conhecer o SUS de perto entender seu funcionamento e poder ajudar no seu fortalecimento. Importante ainda é como estas experiências afetam nossas emoções e nos sensibilizam a fazer parte desta de um modelo de atenção à saúde mais integral. Permitir que os estudantes compartilhem de espaços de mobilização entre seus pares, seja na graduação ou após ela, ajuda na formação política, constrói redes de apoio, multiplica a vontade de um “SUS que dá certo’, e fortalece a formação de agentes multiplicadores e transformadores da realidade social. Experiências em todo país já demonstraram que é um caminho que dá certo, estas possibilidades contribuem para que os estudantes se reconheçam enquanto ator social, defendendo e acreditando no SUS.