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A Formação Inicial do Trabalhador (FIT) é um curso na modalidade de Educação à Distância (EAD) ofertado aos trabalhadores de carreira que compõem as Equipes de Saúde da Família vinculadas à Fundação Estatal Saúde da Família da Bahia (FESF-SUS) durante os seis primeiros meses de trabalho. É uma formação prevista como obrigatória na Política Nacional de Atenção Básica e na integração do trabalhador ao Plano de Emprego, Carreira e Salário (PECS) da FESF-SUS. Igualmente essa formação é uma grande oportunidade aos trabalhadores e objetiva ampliar conhecimentos e saberes relacionados à atenção primária, à saúde da família e ao Sistema Único de Saúde brasileiro. Por não ser uma formação acadêmica distante da realidade e por se basear nos desafios cotidianos de cada trabalhador e equipe, a FIT é também uma oportunidade de dialogar com demais colegas do curso (através do ambiente de interação: Praça Virtual) que enfrentam situações semelhantes em diversos lugares e contextos e onde se constroem diferentes soluções para um mesmo “problema”, e principalmente, a oportunidade de aprender com o outro. A FIT é uma das estratégias inseridas na Política de Desenvolvimento e Incentivo a Qualidade da FESF-SUS através da Educação Permanente, e intervém na remuneração variável do trabalhador. Está organizada em momentos presencias (desenvolvidas com a própria equipe durante a carga horária de trabalho) e a distância (constituídos por módulos disponibilizados no AVA), e requer dedicação de 2 horas semanais e 4 horas quizenais para leitura de textos, participação nos fóruns e demais atividades propostas no ambiente de interação: Praça Virtual. O curso aborda a Atenção à Saúde utilizando as situações–problema do cotidiano como insumo para o aprendizado, discutindo os princípios da Atenção Primária a Saúde e provocando a construção coletiva de uma agenda inicial de trabalho. Propõe também a cartografia do processo de trabalho com olhar sobre as necessidades de saúde local e a cartografia do processo de trabalho na unidade de saúde da família. Apresenta no seu contexto o aprofundamento sobre a visita domiciliar, a estratificação de risco e a produção do cuidado na unidade, no território e nas necessidades de saúde. Propõe ainda o diagnóstico através da informação em saúde e o apoio para o planejamento local e gestão participativa em saúde. Para análise do curso, sua metodologia e processo de implantação da estratégia em território, é disponibilizado, a todos os trabalhadores da Fundação concluintes (médicos, enfermeiros e odontólogos), um questionário de avaliação por meio eletrônico. Deste já participaram 272 profissionais e 90% deles avaliam que os conteúdos do curso são pertinentes ao trabalho desenvolvido na saúde da família e que o mesmo estimulou a aproximação entre os profissionais e o trabalho em equipe. O questionário aponta também que as atividades do curso que mais contribuíram para sua qualidade foram: textos de apoio (71%), atividades presenciais em equipe (61%), uso de situações-problema (50%) e os fóruns virtuais de discussão (39%). Dentre os módulos do curso, o que tratou do tema sobre planejamento local em saúde foi o melhor avaliado por 68% dos participantes. Os dados dessa pesquisa apontam, de forma qualificada, onde há necessidade de aprimoramento na estratégia para a continuidade do processo de formação nessa modalidade, o que leva a equipe de acompanhamento a revisar e revisitar constantemente o que é ofertado. Avalia-se também que a metodologia do curso contribui para o processo de formação em equipe no que tange a reorganização do processo de trabalho e estimula a participação da comunidade no desenvolvimento de planejamento das ações, além de facilitar a interação dos profissionais e a aplicabilidade prática dos conteúdos. Aponta também que o uso de ferramentas de interação virtual apóia o processo de formação dos trabalhadores in loco e proporciona a redução da distância real entre os trabalhadores. Levantamos também dados que nos mostram também que a interação nos fóruns virtuais (que compõem carga horária do trabalhador em FIT) deve ser analisada com maior atenção, em virtude de sua baixa avaliação na pesquisa. Os processos de formação em EAD estão se tornando mais qualificados e com inovação em suas metodologias permitindo maior interação. Outros dados importantes que foram analisados nesse processo apontam também que no período de julho a dezembro de 2011 um total de 247 profissionais foram certificados a partir da conclusão da FIT e também, durante o mesmo período, cerca de 610 trabalhadores, de formação de nível médio ou superior que integram as equipes de saúde compostas por trabalhadores da Fundação, participaram ativamente das atividades propostas pela da FIT, todavia com distintas cargas horárias. Em julho de 2011 também foi formada a primeira equipe de Tutores da FIT, compreendida por profissionais das equipes Saúde da Família FESF-SUS, ao todo foram formados de treze profissionais, os quais sete assumiram as Tutorias dos módulos durante este período e acompanham e mediam todas as discussões nos fóruns por módulo. Os avanços nesse curso oportunizam a FESF-SUS o acompanhamento mais qualificado do que vem sendo desenvolvido em território e a necessidade de proporcionar aos trabalhadores, a partir da demanda, cursos de formação que vão de encontro às necessidades sempre apontadas de qualificação dos processos de trabalho. E assim, a Política de Educação de Formação da FESF-SUS busca manter a melhoria da qualidade dessa oferta a todos seus trabalhadores de carreira e aos trabalhadores que atuam com esses profissionais nas equipes de saúde, a partir da avaliação dos mesmos sobre o processo seu próprio processo de formação a partir da FIT via EAD.