Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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VIVÊNCIAS E ESTÁGIOS NAS REALIDADES DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: UMA VERSÃO DOS FACILITADORES VIVENTES
Barbara Andres, Estela Junges, Leonardo Rodrigues Piovesan

Resumo


Caracterização: No projeto Vivências e Estágios nas Realidades do Sistema Único de Saúde (VER-SUS) realizado no município de Sapucaia do sul, região metropolitana de Porto Alegre – RS, estávamos entre três facilitadores, com um grupo composto por 8 estudantes de 6 cursos de graduação distintos. Tínhamos como objetivo colaborar na inserção dos estudantes no cotidiano dos serviços de saúde, favorecer as discussões de grupo, questionar posicionamentos e processos de trabalho, sensibilizar cada ator social na compreensão do conceito ampliado de saúde e estimular a inserção dos estudantes ao movimento estudantil. Descrição da experiência: Para além dos objetivos traçados, nossa imersão nas vivências deu-se de uma forma horizontal, onde por muitas vezes confundiam-se os papéis de viventes e facilitadores. Para que ocorresse um melhor aproveitamento do período entendemos que todas as atividades deveriam ser acompanhadas de forma participativa por nós, facilitadores, para que as discussões posteriores pudessem ser heterogêneas, contando com todas as visões e opiniões possíveis de uma mesma realidade. Nesse contexto atuamos na problematização do que havíamos visto conjuntamente na realidade dos serviços, realizávamos a comparação da teoria com a prática cotidiana, considerando as peculiaridades curriculares de cada um dos cursos que compunham o nosso grupo no que se refere ao ensino da saúde coletiva. Efeitos alcançados: A forma como foi organizada a vivência em Sapucaia do Sul nos permitiu uma proximidade constante com os viventes, pois ficamos alojados na própria Secretaria Municipal de Saúde, onde fazíamos as refeições, dormíamos, discutíamos as vivências do dia, sem que houvessem paredes de quartos de hotéis que nos impusessem barreiras físicas que dificultassem o convívio, estávamos no local que posteriormente chamaríamos de “nossa casa”. Esta proximidade fez com que a construção das atividades realizadas, bem como as tomadas de decisões, fossem realizadas de maneira dialógica entre todos os sujeitos do processo de vivência, o que consideramos ter sido decisivo no êxito da vivência como um espaço de formação de sujeitos. Recomendações: Incentivar a formação de facilitadores de grupos para atuarem em outros dispositivos, tal como o VER-SUS, de aproximação de estudantes de graduação com o Sistema único de Saúde.