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O estudo é fruto das reflexões produzidas no grupo de pesquisa “Políticas Públicas Gestão e Cidadania” da Faculdade de Serviço Social da Universidade Federal de Juiz de Fora, sobretudo a partir dos debates provocados pela realização de pesquisas sobre a APS no município. Estes estudos trouxeram à tona algumas questões, dentre elas, a ausência de estudos sobre a implantação e trajetória da APS em Juiz de Fora. Esta carência foi sentida pelos pesquisadores que ressentiram-se de dados históricos que respondessem indagações como: quando e como surgiram as primeiras experiências de cuidados primários no município? Como, quando e por que o município começou a investir na atenção primária? Que interesses estavam em jogo? Como foram estas experiências? Como o município foi, paulatinamente, construindo uma ampla rede de serviços? Ao longo da história, estes serviços têm respondido as demandas e necessidades de saúde das comunidades? Este estudo foi proposto no sentido de “responder” tais indagações, através da compreensão do processo histórico de construção da APS no município. Tendo em vista o objeto de estudo e o entendimento de que a história oral possibilita (re)descobrir a trama do real a partir dos sujeitos que a vivem optamos pela metodologia da história oral para abordar nosso objeto. Temos assim, trabalhado com memórias de gestores e usuários de serviços de saúde, através de entrevistas. Temos ainda realizado pesquisa documental na Secretaria de Saúde e UFJF e pesquisa em jornais locais. Os resultados são preliminares, tendo em vista que estamos na fase de coleta de dados. Contudo, temos percebido que a construção da APS em Juiz de Fora não foi e, não é, um processo livre de tensões e disputas. Foi e permanece sendo construído num movimento histórico repleto de conflitos e lutas de interesses que vão ditando os rumos da organização deste nível de atenção à saúde no município.