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A reorganização familiar, quando um integrante adoece, transcende o adoecimento em si, inclui o diagnóstico, tratamento e prognóstico. Ocorre fortalecimento ou fragilização dos vínculos, aumentando ou não a vulnerabilidade que a família está exposta. Em estudo de 2009/2010, observou-se que o adoecimento provoca rupturas devido a não inserção nos serviços da Assistência Social e Saúde aos familiares e usuários com doença crônica. Considerando os achados anteriores, este estudo objetiva: “Mapear os serviços prestados pela rede de Saúde e de Assistência Social à família-cuidadora em situação de vulnerabilidade social a fim de promover a intersetorialidade entre essas políticas, garantindo a inserção dessas famílias”. Norteia-se pelo Método Dialético Crítico, com abordagem qualitativa. Na coleta de dados, realizam-se entrevistas com trabalhadores da rede de saúde e de assistência social que atendem os familiares-cuidadores em hospitais de POA, bem como observação, pesquisa bibliográfica e documental. A pesquisa encontra-se em coleta dos dados nos hospitais. Assistente Social entrevistada ressalta a importância do enfrentamento coletivo em situação de doença: “[...] Na Onco Hemato a gente faz um grupo de familiares dos pacientes [...] São duvidas desde o tratamento do paciente, das angustias, dos anseios, das conquistas, da cura, ou de alguma terminalidade”. Entretanto, conforme relato da assistente social inserida em outro Hospital, “[...] não existe assim, um grupo, algo específico assim sabe? Que seja só para familiares, não sei de nada ainda”. Percebe-se um não consenso entre os serviços da política de saúde para o atendimento dos cuidadores. Conclui-se, até o momento, que os hospitais, com exceções, focam no doente, não agregando o familiar-cuidador, nem garantindo as suas demandas. Reitera-se a urgência de ações intersetoriais para as famílias prevenindo rupturas nas relações internas e com a comunidade.Palavras-chave: Intersetorialidade, Família Cuidadora, Políticas Públicas.