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Este estudo propõe um olhar entre o urbano e o rural, não como dicotômicos, mas como agenciamentos de forças atrelados e, em constante relação. As discussões deste estudo estão ancoradas nos referenciais teóricos da cartografia. Teixeira & Barros, (2009), apontam que a cartografia é um método que nos indica uma maneira de operar a análise que toma a realidade a ser estudada em sua múltipla composição. Deste modo, a cartografia ao mesmo tempo em que desenha esse processo também o gera e, assim, confere ao trabalho de análise um caráter de intervenção. Os enlaces para essa análise cartográfica conferem visibilidades a essas discussões permeadas a partir do mapeamento das práticas da Psicologia e suas interfaces entre o campo e a cidade. Busca-se, deste modo, compreender como se dão os processos de subjetivação de pessoas que vivem e tem no campo seu espaço de moradia? Entende-se que a operacionalização de uma escuta apurada, a abertura para uma Clínica da diferença - a qual de acordo com Benevides (2002) toma o acontecimento em seu sentido disruptivo, que nos convoca a criar outras formas, outros territórios que contemplem novas relações com o já-atual – apresentem-se como elementos ímpares desse processo. Neste sentido, compreende-se necessário uma aproximação e conexão com as pessoas onde elas estão inseridas. Aponta-se, a abertura de canais de enunciação coletivos que provoquem a instauração de uma Clínica Política, em constante composição com outras áreas do conhecimento, uma clínica criativa, múltipla, que leva em conta uma série de atravessamentos que permeiam os cotidianos singulares, e em especial, no delineamento de Políticas Públicas.