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Este estudo em andamento tem o objetivo de analisar a inserção do profissional de Educação Física (EF) na Estratégia Saúde da Família (ESF) de uma cidade do sul do Estado do Rio de Janeiro. A resolução 218/1997 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) reconhece os profissionais de EF como profissionais da saúde, sendo a EF reconhecida como área de conhecimento e de intervenção envolvida com a promoção, prevenção, proteção e reabilitação da saúde no contexto da Saúde Coletiva. A Portaria 154 do Ministério da Saúde (BRASIL, 2008) criou os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), apoiando a inserção da ESF e formalizando a inserção de outros profissionais nas equipes NASF, entre eles, o profissional de EF. Até o presente momento, o levantamento de dados relacionados à situação de saúde da cidade no sítio virtual e a realização de uma entrevista individual em profundidade com o único profissional de Educação Física atuante na ESF nos permitiram inferir que: (a) o único NASF da cidade foi implantado no ano da publicação da portaria (2008), há quatro anos, e as mais de oitenta unidades de saúde da família requerem pelo menos, conforme este documento, quatro Núcleos, indicando a insuficiência do trabalho deste NASF; (b) o entrevistado sente a necessidade de um modelo a ser seguido para nortear a sua intervenção, indicando o que o conhecimento teórico e metodológico sobre Promoção da Saúde, bem como sobre a Política Nacional da Promoção da Saúde (PNPS) ainda é incipiente na área da EF; (c) a “falta de aceitação” consta entre as maiores dificuldades relatada na entrevista, visto que outros profissionais das Unidades de Saúde não costumam encaminhar os assistidos ao profissional de EF; (d) quando questionado sobre sua visão acerca da importância da EF na Promoção da Saúde, o informante destacou aspectos relacionados à prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, indicando uma visão tradicionalmente centrada no modelo médico, desatrelada de questões socioambientais: “... uma das coisas mais importantes é o trabalho do profissional de Educação Física na área da saúde. Porque tendo uma melhor qualidade de vida, ele [o paciente] vai diminuir a ida às unidades de saúde, vai diminuir medicamentos e isso também diminui custos pro município”. A pesquisa sinaliza a necessidade de reforçar a formação profissional em EF em relação ao conhecimento de aspectos teóricos em Saúde e à realidade concreta da intervenção no contexto da atenção básica na cidade onde se deu o estudo.