Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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A preceptoria de enfermagem na Estratégia de Saúde da Família: Uma questão de competências.
Fabiana Silva Marins Nazareno Cosme, Geilsa Soraia Cavalcanti Valente

Resumo


INTRODUÇÃO: O processo de mudança de paradigmas no Sistema de Saúde brasileiro, do modelo curativista, baseado na doença, para um modelo de produção social com base na saúde, em seu conceito mais ampliado; preconizado pela Lei Orgânica do SUS (8.080/90), atendendo, por conseguinte, às determinações da Constituição Federal de 1988; refletiu em mudanças nos modelos educacionais vigentes.No cenário da educação, um importante evento neste sentido, foi a promulgação da Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN-9394/96) que orienta a reformulação curricular de forma integrada, com as categorias e instituições afins. Em atendimento as prementes demandas legais e sociais, foi formulada em 2001 a formulação das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN’s) da Graduação em Enfermagem, com a proposta para a formação de profissionais crítico-reflexivos, com capacidade de desenvolver competências que sobrepujem as habilidades técnico-científicas. No entanto, para que tal profissional seja formado, com toda esta nova perspectiva, faz-se necessário que o ambiente de formação seja o próprio cotidiano do trabalho, com o acompanhamento do trabalhador (preceptor) do serviço de saúde em parceria com a academia, conforme previsto na portaria 314/94 e posteriormente ratificado na DCN/01. Este profissional do serviço, que não é necessariamente da academia, tem importante papel na inserção e socialização do recém-graduado no ambiente de trabalho e é, consensualmente, denominado preceptor. Porém, para o efetivo exercício desta prática, o preceptor precisa de ferramentas e o conhecimento de como usá-las, de forma a otimizar as oportunidades de aprendizado aos graduandos em suas vivências no cotidiano.OBJETIVOS: descrever a percepção do enfermeiro preceptor, da ESF, quanto ao seu papel na formação de graduandos de enfermagem; identificar as competências que o enfermeiro preceptor necessita adquirir e desenvolver para atuar na formação de graduandos de enfermagem; analisar as estratégias utilizadas pelo enfermeiro preceptor, da ESF, na formação de graduandos de enfermagem; elaborar um manual de competências e estratégias didático-pedagógicas que subsidie a prática reflexiva da preceptoria de graduandos de enfermagem no SUS. METODOLOGIA : Pretende-se realizar uma pesquisa de natureza qualitativa exploratória e descritiva com análise segundo perspectiva dialética. Será utilizado um roteiro semi- estruturado com perguntas abertas, tendo como técnica a entrevista semi-estruturada, seguida da observação participante, com utilização de um roteiro de observação, tendo como base as competências. Para realização da análise dos resultados, pretende-se agrupar as respostas em categorias e discuti-las com base na análise temática de Minayo. Os sujeitos serão os Enfermeiros que exercem preceptoria na Estratégia de saúde da família (ESF) há mais de dois meses e o local será uma Clínica da família da Área Programática (AP) 5.1 do município do Rio de Janeiro. No intuito de localizar temporalmente os estados da arte sobre a temática em foco, após levantamento de dados no portal da Biblioteca Virtual de Saúde – BVS, nas bases LILACS, MEDLINE, ScIELO e BDENF, em novembro de 2011, foi constada a escassez de produções científicas que abordem a temática. CONCLUSÃO: Entender o papel do preceptor é importante para o próprio e para as demais entidades envolvidas (graduando, academia, comunidade e gestores) para que todos possam estar envolvidos no aprimoramento de suas competências afim de obter êxito neste ofício através da promoção de parâmetros( material de apoio) que estimule uma prática reflexiva e espaço para discussão, a fim de contribuir, efetivamente, para a formação de graduandos sensibilizados para uma nova forma de agir que transforme e fortaleça, de fato, o SUS.