Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Debate sobre Gestao em Saude Publica: Relato de Experiencia
Monaise Madalena Oliveira, Daniela Oliveira Sousa

Resumo


A gestão pode ser considerada uma aplicação de habilidades, ferramentas, conhecimentos e técnicas às atividades com a finalidade de atender aos seus requisitos de maneira eficiente e eficaz. A gestão em saúde publica é um processo que envolve todas essas características, implicando em coordenar, articular, negociar, planejar, acompanhar, controlar, avaliar e auditar o sistema de saúde em nível municipal, estadual e nacional. Diante de todo um conhecimento teórico e a necessidade de entender como se coloca em prática o processo de gestão, é discutido a partir de debates com os diversos profissionais que atuam diretamente ou indiretamente no processo de gestão do sistema único de saúde podendo refletir e conhecer um pouco sobre esse campo de atuação, desafios, lacunas, dilemas, experiências. Tanto na esfera federal, estadual e municipal é desenvolvido o processo de gestão, cada um com as suas peculiaridades, mais não distanciando uma da outra. Aprofundamo-nos debates conhecendo sobre o processo de gestão municipal e estadual. Na gestão estadual nos foi relatado que se tem como papel exercer a gestão do SUS, promovendo harmonização, integração, modernização e incentivando o poder municipal que assuma a gestão da atenção a saúde dos seus municípios na perspectiva de atenção integral, dentre outras funções. Dentre os desafios existentes, nos foi citado sobre desafios referentes ao financiamento; questões políticas; e dá continuidade a gestão devido a rotatividade dos gestores. Na gestão municipal a função nos foi apresentada de uma forma bastante ampla, destacando como função: elaborar o plano municipal, operacionalizar o sistema de informação, monitoramento e fiscalização da aplicação dos recursos financeiros, de todos os serviços prestados e das ações de vigilância da saúde. Sendo um desafio o processo de organizar o sistema; equacionar as necessidades com os recursos; dificuldade em obter profissionais qualificadas; infra-estrutura física e garantir uma estrutura que de conta da necessidade da população; e dificuldade em lidar com os processos licitatórios. Finalizamos esse processo de conhecimento das práticas com um debate com conselheiros de saúde, enfatizando a importância do controle social para o processo da gestão. Diante do que se foi discutido e observado, fica o desafio de experimentar novas formas de gerir as instituições de saúde, incentivando o compromisso das equipes, dos profissionais com a “produção de saúde”, com uma cultura organizacional mais pública e solidária, sendo imprescindível o enfoque interdisciplinar, com participação na gestão.