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DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE PARA FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE PLANEJAMENTO E GESTÃO REGIONAL NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Resumo
Introdução: A regulamentação da Lei Federal nº8080/90, por meio do Decreto Federal nº7508/11, insere a associação entre as premissas da gestão estratégica, voltada para a qualidade da saúde e da organização do sistema; e participativa, embasada na participação ampliada de sujeitos que protagonizam o cotidiano do sistema de saúde. Neste contexto, se destaca a necessidade de fortalecimento da gestão estratégica no âmbito regional embasada na educação permanente em saúde (compreendida, aqui, como dispositivo para desencadear movimentos de mudança nos processos de trabalho e nas formas de produzir saúde), e do apoio ao desenvolvimento institucional do SUS. Objetivo: Implantar uma Estação do Observatório de Tecnologias em Informação e Comunicação em Sistemas e Serviços de Saúde (OTICS) em parceria com a Assessoria Técnica De Planejamento em Saúde (ASTEPLAN) visando fomentar o diálogo entre gestão e educação em saúde para o desenvolvimento do planejamento e a produção de conhecimento a partir do cotidiano. Metodologia: Está prevista a organização de subprojetos temáticos, que dialogam com objetivos de estimular a cultura de planejamento, monitoramento e avaliação no RS; estruturar comunidades de práticas tendo em vista consolidar uma inteligência coletiva em planejamento, monitoramento e avaliação em saúde; e construir redes de conversação sobre problemas em saúde, permitindo a construção de interpretações e a realização de ações específicas pelos diferentes atores. Resultados: Foram realizados encontros entre as Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) visando o compartilhamento de experiências sobre gestão, planejamento, monitoramento e avaliação em saúde; foram realizadas oficinas e apresentações, as quais abordavam em suas temáticas conceitos de análise situacional dos municípios, georreferenciamento, monitoramento e linhas de cuidado. Conclusões: Através desses encontros foi possível perceber que as CRSs entendem a necessidade da mudança na cultura organizacional diante dos próprios resultados de suas apresentações, o que evidencia a importância da institucionalização da cultura de se planejar, monitorar e avaliar para potencializar os processos decisórios e provocar mudanças no processo de trabalho. Não obstante, também, fica clara a necessidade de se reforçar os referenciais teóricos e uma análise que consiga contemplar o processo de trabalho, uma vez que a riqueza de todas essas temáticas está no cotidiano do trabalho em saúde.