Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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A vivência de uma residente em saúde mental na elaboração de projetos terapêuticos com pacientes de enfermaria de crise : um relato de experiência
Lirys Figueiredo Cedro, Paula Cerqueira Gomes

Resumo


A residência multiprofissional em saúde mental do primeiro ano destinou aos residentes a responsabilização por pacientes internados que fossem da equipe a que foram designados. Cada residente tinha o papel de cuidar de um ou mais pacientes. Ao assumir o caso, o residente passava a se responsabilizar pelo paciente como um todo, abrangendo todas as suas questões. Havia sempre a proposta de se realizar articulação com equipe do CAPS do território ao qual o paciente procedesse. Esta articulação ocorria através de contato telefônico com equipe do CAPS, realização de visitas ao serviço (CAPS) para discussão do caso em questão. Realiza-se também contato telefônico com a família e visitas domiciliares com a presença de equipe interdisciplinar composta , ao menos, por médico, enfermeiro psicólogo a fim de saber da real situação da dinâmica familiar em que o paciente estava inserido. Ao descobrir as necessidades de saúde , pode-se começar a implementar um plano de ação. Houve um caso de um paciente que não aderia tratamento no CAPS , não ter condições financeiras de realizar o deslocamento ao serviço (CAPS). No entanto, durante uma visita domiciliar, ao conversar com um dos familiares da paciente, descobrimos que, se fosse dada a entrada no vale social e Rio card haveria possibilidade da paciente freqüentar o serviço e assim fazer um acompanhamento por meio de administração de medicação e participação nas oficinas terapêuticas, bem como acompanhamento psicológico. Essa articulação com a equipe do CAPS do território de onde a paciente provem, é de suma importância para o estabelecimento de vínculo por meio de realização de visitas ao paciente em casa, ou ainda, durante a internação. Esta experiência foi crucial para o entendimento da relevância da execução de rede de cuidados com o enfoque no sujeito e não apenas na doença, ao levar em consideração as necessidades de saúde, favorecendo a resolutividade desses problemas de saúde.