Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Abordagem ao acompanhante no pré-natal
Gabriela Maia da Silva Mota Espinhoza

Resumo


Caracterização do problema: O direito a ter um acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato no âmbito do SUS é garantido pela lei federal nº 11. 108 de 2005. No entanto, o que se tem observado é a negação desse direito para a maioria das mulheres. As instituições alegam diversos fatores como adequação do serviço e preparo dos profissionais.Durante os atendimentos do serviço social é possível observar o desconhecimento da lei na sua integralidade por parte dos usuários e acompanhantes que destacam que “só de menor pode”, “homem não pode ser acompanhante”, “se for cesárea é proibido” e “no SUS não existe essa lei”.Foi a partir da atividade do grupo gestante que levantou-se a seguinte indagação: o que fazer para que o acompanhante possa exercer o seu direito no espaço da maternidade? O próprio grupo destacou que o preparo prévio ao acompanhante no momento do pré-natal poderia ajudar no exercício desse direito com mais clareza. Nesse sentido, destaca-se como fundamental as atividades individuais e de grupo para socialização da informação, preparo do acompanhante, bem como, atuando na perspectiva do controle social e de orientação dos espaços fiscalizadores. Descrição da experiência: Uma das atividades do serviço social na socialização da lei do acompanhante é o grupo gestante. A pouco tempo está sendo realizado, pelo menos em 02 encontros, uma abordagem voltada diretamente ao acompanhante, no sentido de instrumentalizá-lo para o acesso na maternidade, com destaque para questões como: visitação e conhecimento prévio da maternidade; critérios para eleição de um acompanhante; orientação sobre os órgãos fiscalizadores; ambientação sobre o espaço da maternidade, o que o acompanhante pode auxiliar naquele momento e discussão sobre algumas rotinas institucionais que são variáveis. Efeitos alcançados: Já foi realizado 01 grupo gestante com essa abordagem ao acompanhante. Algumas mulheres conseguiram visitar a maternidade com antecedência. Os acompanhantes destacaram a atividade como importante para possibilitar maior segurança e menos ansiedade para vivência do acesso a maternidade. Recomendações: A descrição da experiência aponta como imprescindível que as instituições realizem essas ações no pré-natal, sendo incluída na sua rotina atividades que abordem o acompanhante, para que possa vivenciar plenamente o seu direito.