Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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APOIO COMO PROCESSO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NA 15ª CRS - RS
Andressa Magalhães Flores, Cristiane Moraes da Silva, Liane Beatriz Righi, Vera Márcia Lehnen Lima, Marieta da Silva

Resumo


INTRODUÇÃO A implantação da Atenção Básica (AB) surge como garantia da efetivação dos princípios do SUS de universalidade, integralidade e equidade (CUNHA, 2010). Com ações de saúde no âmbito individual e coletivo, busca reorientar o modelo de atendimento, enfatizando o acompanhamento longitudinal às condições de vida da população por uma equipe multiprofissional, contrapondo-se ao modelo flexeneriano. Na tentativa de promover a real mudança no modelo de atenção e de trazer maior resolutividade para a AB, a 15ª Coordenadoria Regional de Saúde – RS (15ª CRS - RS), através da sua Comissão de Integração Ensino-Serviço (CIES) promoveu o curso de Atualização em Atenção Básica para as equipes multiprofissionais das Estratégias de Saúde da Família (ESF) dos municípios com população inferior a 3 mil habitantes. OBJETIVO Relatar o processo de implantação de apoio aos municípios no fortalecimento da Atenção Básica, através da Educação Permanente em Saúde. METODOLOGIA O curso, desenvolvido com apoio da UFSM, com duração de um ano e carga horária de 240 horas, com aulas teóricas, trazendo oferta de tecnologias leves de acompanhamento e visitas de apoio aos municípios, auxiliando no desenvolvimento das atividades propostas. RESULTADOS Foram convidados 12 municípios, abordando a equipe como estrutura de interação, evitando a fragmentação disciplinar (BRASIL, 2009). Durante o processo, houve a desistência da equipe de um município. Como referencial teórico, foram utilizados o Projeto Terapêutico Singular (PTS), Clínica Ampliada e Equipe de Referência (BRASIL, 2007), Fluxograma Descritor (FRANCO, 2003) e Co-gestão (CAMPOS, 2000). A partir disso, as equipes representaram graficamente os fluxos de atendimento das suas unidades, identificando os nós críticos. Cada equipe desenvolveu um PTS com casos complexos da sua área de abrangência. Essas ofertas, com o apoio da coordenadoria, dispararam mudanças nos processos de trabalho das equipes como a instituição de reuniões para a análise do trabalho, discussão de casos, construção de prontuários conjuntos, produção de espaços de educação permanente para os usuários e empoderamento de todos os membros da equipe. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação em Saúde. Política nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília : Ministério da Saúde, 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Clínica ampliada, equipe de referência e projeto terapêutico singular – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2007. CAMPOS, GW de S. Um método para a análise e co-gestão de coletivos. São Paulo: Hucitec, 2000. CUNHA, GT. A atenção Básica e o Desafio do SUS. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos HumanizaSUS. Brasília, 2010. 256p.