Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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ATIVIDADE E PARTICIPAÇÃO DE INDIVÍDUOS PÓS-AVC SOB O PRISMA DA ACESSIBILIDADE À REABILITAÇÃOCn
Danyelle Nóbrega Farias, Geraldo Eduardo Guedes Brito, Angely Caldas Gomes, Kelienny de Meneses Sousa, Ingrid Davis da Silva Gadelha, Eleazar Marinho de Freitas Lucena, Kátia Suely Queiroz Silva Ribeiro, Robson da Fonseca Neves

Resumo


INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Cerebral traz diversas conseqüências para o indivíduo, gerando disfunções físicas, psíquicas e sociais, o que pode causar problemas na sua funcionalidade. Deficiências, limitação de atividades e restrição à participação social foram definidas na Classificação Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) como componentes importantes para avaliar as condições de saúde e pensar políticas de inclusão social. OBJETIVO: Delinear e analisar os componentes Atividade e Participação da CIF entre os usuários com Acidente Vascular Cerebral (AVC), adscritos às Equipes de Saúde da Família (ESF) do município de João Pessoa, em conformidade com a acessibilidade que obtiveram quanto à reabilitação. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional com amostra de 140 indivíduos com idade acima de 18 anos, acometidos por AVC entre os anos de 2006 e 2010. As variáveis descritivas foram aquelas que identificam os sujeitos da amostra e caracterizam o AVC clinicamente. Para avaliar a funcionalidade dos sujeitos utilizou-se o Core Set do AVC da CIF. A associação das categorias de atividade e participação com o acesso à reabilitação foi verificada por meio do teste Qui-Quadrado com nível de significância de 5%. RESULTADOS: A amostra foi composta por 47,9% indivíduos do sexo masculino e 52,1% do sexo feminino. Quanto às faixas etárias notou-se maior incidência de AVC em indivíduos com mais de 60 anos. No que diz respeito à acessibilidade, 67,9% dos sujeitos revelaram ter realizado reabilitação após o AVC. Dentre os sujeitos acometidos constatou-se maior comprometimento nas categorias Uso fino da mão (n=93, 64,4%), Recreação e Lazer (n=94, 70,7%), Deslocar-se (n=110, 85,9%) e Fala (n=84, 60,0%) no grupo dos participantes que tiveram acessibilidade aos serviços de reabilitação, sugerindo que a dificuldade nestas atividades acarreta no indivíduo a necessidade de inserção nos serviços destinados à reabilitação. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que os domínios descritos como atividade e participação impactam os sujeitos no Pós-AVC e possivelmente demandam ações de reabilitação e requerem políticas públicas nesse campo que atendam as necessidades dos usuários, sobretudo àqueles adscritos nos territórios de abrangência das ESF. Palavras-chave: Acessibilidade. Funcionalidade. Acesso aos Serviços de Saúde.