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ATIVIDADE E PARTICIPAÇÃO DE INDIVÍDUOS PÓS-AVC SOB O PRISMA DA ACESSIBILIDADE À REABILITAÇÃOCn
Resumo
INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Cerebral traz diversas conseqüências para o indivíduo, gerando disfunções físicas, psíquicas e sociais, o que pode causar problemas na sua funcionalidade. Deficiências, limitação de atividades e restrição à participação social foram definidas na Classificação Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) como componentes importantes para avaliar as condições de saúde e pensar políticas de inclusão social. OBJETIVO: Delinear e analisar os componentes Atividade e Participação da CIF entre os usuários com Acidente Vascular Cerebral (AVC), adscritos às Equipes de Saúde da Família (ESF) do município de João Pessoa, em conformidade com a acessibilidade que obtiveram quanto à reabilitação. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional com amostra de 140 indivíduos com idade acima de 18 anos, acometidos por AVC entre os anos de 2006 e 2010. As variáveis descritivas foram aquelas que identificam os sujeitos da amostra e caracterizam o AVC clinicamente. Para avaliar a funcionalidade dos sujeitos utilizou-se o Core Set do AVC da CIF. A associação das categorias de atividade e participação com o acesso à reabilitação foi verificada por meio do teste Qui-Quadrado com nível de significância de 5%. RESULTADOS: A amostra foi composta por 47,9% indivíduos do sexo masculino e 52,1% do sexo feminino. Quanto às faixas etárias notou-se maior incidência de AVC em indivíduos com mais de 60 anos. No que diz respeito à acessibilidade, 67,9% dos sujeitos revelaram ter realizado reabilitação após o AVC. Dentre os sujeitos acometidos constatou-se maior comprometimento nas categorias Uso fino da mão (n=93, 64,4%), Recreação e Lazer (n=94, 70,7%), Deslocar-se (n=110, 85,9%) e Fala (n=84, 60,0%) no grupo dos participantes que tiveram acessibilidade aos serviços de reabilitação, sugerindo que a dificuldade nestas atividades acarreta no indivíduo a necessidade de inserção nos serviços destinados à reabilitação. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que os domínios descritos como atividade e participação impactam os sujeitos no Pós-AVC e possivelmente demandam ações de reabilitação e requerem políticas públicas nesse campo que atendam as necessidades dos usuários, sobretudo àqueles adscritos nos territórios de abrangência das ESF. Palavras-chave: Acessibilidade. Funcionalidade. Acesso aos Serviços de Saúde.