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O Núcleo de Apoio a Saúde da Família - NASF - foi criado para apoiar as Equipes de Saúde da Família - ESF - através da inserção de profissionais de diferentes áreas na atenção básica, dentre eles, o fisioterapeuta. Essas categorias com formações diferenciadas devem ajudar as equipes a aprofundar o processo de humanização e também a aprimorar os princípios e diretrizes do SUS, através da visão compartilhada do conhecimento específico de cada área com os profissionais da ESF - sem desconsiderar a importância dos tratamentos tradicionais e nem a relevância técnica das diversas profissões. A atuação da fisioterapia, bem como outros profissionais da área de reabilitação, propiciam a redução de incapacidades e deficiências com vistas à melhoria da qualidade de vida dos indivíduos, favorecendo sua reinserção social, combatendo a discriminação e ampliando o acesso ao sistema de saúde, ocorrem em nível multiprofissional e transdisciplinar, provendo o desenvolvimento de responsabilidades compartilhadas no qual, por meio do entrosamento constante entre os diferentes profissionais, se formulem projetos terapêuticos adequados para prover o melhor cuidado longitudinal aos usuários. O papel dos fisioterapeutas no NASF é fundamental na abordagem das deficiências físicas, auditivas, visuais, intelectuais ou múltiplas que poderiam ser evitadas ou atenuadas com a adoção de medidas apropriadas e oportunas. Um dos fatores que podemos observar como dificultador no processo de desenvolvimento das atividades do profissional fisioterapeuta no NASF se deve a inadequada formação acadêmica que caracteriza a profissão como reabilitadora, ou seja, atuante após a instalação de uma alteração, enquanto na atenção primária requer um generalista no que se refere ao aspecto técnico, atuante não somente após uma alteração e sim na prevenção e promoção da saúde, considerando o indivíduo como um todo e não somente a presença de uma patologia ou incapacidade. Também pode ser citada a dificuldade que as Equipes de saúde da Família – ESF – possuem no que se refere a logica de trabalho do fisioterapeuta, uma vez que o foco não está no atendimento individualizado (terapia), e sim em divisões compartilhadas de responsabilidades após discussão dos casos. Mesmo em pouco tempo de implantação do NASF na CAP 5.1, podemos observar um grande movimento de atividades sendo desenvolvidas, o que vem permitindo a geração de novas práticas e novos olhares, efetivando a integralidade do cuidado.