Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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COMPLICAÇÕES EM HIPERTENSOS CADASTRADOS EM UM CENTRO DE SAÚDE DA FAMÍLIA (CSF) DE FORTALEZA - CEARÁ
Jeanny Marques Marques Meneses, Rosângela Maria Lima de Oliveira, Maria de Fátima Cardoso Marques, Lorena Freitas Dantas, Pâmela Campêlo Paiva

Resumo


INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é o fator de risco mais importante para Doenças Crônico-Degenerativas. O Hiperdia foi criado para reorganizar a atenção à HAS e DM, estabelecendo metas e diretrizes para ampliar ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e controle dessas doenças. O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) trabalha na perspectiva do fortalecimento da atenção básica na Estratégia de Saúde da Família. OBJETIVO: Descrever características epidemiológicas e identificar a prevalência das complicações em hipertensos, cadastrados no Sistema de Acompanhamento de Hipertensão e Diabetes (HIPERDIA). MÉTODO: Estudo descritivo, transversal, quantitativo realizado junto a um Centro de Saúde da Família (CSF) as Secretária Executiva Regional VI do Município e Fortaleza, Ceará. A população-alvo do estudo foi 391 pacientes cadastrados no HIPERDIA, com fichas de avaliação inicial (fichas de cadastro do HIPERDIA) preenchidas na ocasião da consulta de rotina. Os critérios de inclusão utilizados foram: ser paciente (ambos os sexos) hipertenso e/ou diabético cadastrado na Unidade Básica de Saúde cadastrados no HIPERDIA, no ano de 2009 a 2011 e apresentar idade igual ou superior a 18 anos. Foram excluídas do estudo 28 pacientes, pois apresentavam fichas com informações incompletas, restando um total de 363 pacientes. Este trabalho integra o projeto de pesquisa do PET – Saúde da Universidade de Fortaleza. RESULTADOS: Grande parte (67,5%) dos hipertensos estudados são mulheres e 32,5 % eram do sexo masculino. Ao se analisar a presença de complicações, 153 (42,1%) desenvolveram algum tipo de complicação. Desses 4,9% desenvolveram pé diabético e 3% tinham sofrido amputações. O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ocorreu em 6,6% dos casos, as coronariopatias em 4,6%, Acidente Vascular Cerebral (AVC) em 12,4% e 2,8% apresentavam algum grau de comprometimento renal. CONCLUSÕES: Os resultados apontam que os hipertensos com AVC apresentam um perfil epidemiológico associado a altas taxas de morbidade e mortalidade. Com isso poderá ser implantado através do PET - Saúde programas de intervenções multidisciplinares, que promovam um melhor acompanhamento estes pacientes na atenção básica.