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Caracterização do problema: Este trabalho proporcionou à gestão regional e local do SUS, uma ferramenta de Sistema de Informações Geográficas (SIG) capaz de auxiliar o monitoramento e avaliação, com a finalidade de subsidiar o planejamento e programação das ações de atenção à saúde, com possibilidade de extrapolação para outros problemas quaisquer no território sob sua responsabilidade. O problema deste estudo foi a ausência de uma ferramenta para que o gestor do SUS possa realizar planejamento, monitoramento e avaliação, das ações de vigilância e assistência das equipes de Saúde da Família (ESF), que estão no nível primário de atenção à saúde. Descrição da Experiência: O trabalho consistiu na elaboração de um SIG, que promove a construção de mapas temáticos que facilitam a visualização das informações contidas nos bancos de dados originados do sistema de Informação utilizado pelas ESF, o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). As informações oriundas do geoprocessamento permitiram outro olhar sobre o território, demonstrando a necessidade de ampliar as ações de vigilância em saúde para todos os grupos. Para a elaboração do SIG utilizou-se o software Terraview®, e foi necessária a construção das bases cartográficas, que não existiam, dos territórios das ESF, que são o desenho desses territórios que o Terraview® lê. Os desenhos das microáreas foram feitos a partir da observação dos limites, reconhecidos pelo Agente Comunitário de Saúde (ACS) nas imagens de satélite projetadas no Google Earth®, de acordo com a capacidade do ACS em delimitar sua microárea, formando um polígono. Os polígonos de cada microárea formaram um polígono maior, delimitando os limites do território da ESF. Esta etapa do trabalho foi fundamental, não só para a utilização no software de geoprocessamento, mas principalmente, por proporcionar a rediscussão do território das ESF e reorientação de seu processo de trabalho. Efeitos Alcançados e Recomendações: Este trabalho evidenciou que o uso do SIG constitui-se em potente sistema que possibilita avaliar os marcadores do SIAB, subsidiando a gestão local na tomada de decisão para qualificação dos serviços prestados nos territórios cobertos pelas ESF. Além de ser capaz de identificar problemas relacionados à qualidade da informação, apresentando elementos que contribuem para a melhoria do monitoramento e a avaliação do Programa Saúde da Família (PSF). Também, proporcionou a rediscussão do território de abrangência, que é um dos pilares do trabalho do PSF, uma vez que os ACS ao elaborarem seus mapas na microárea não levavam em consideração os conceitos de território, pois se evidenciou que as ações se detinham ao acompanhamento das famílias, não havendo representação sobre as situações de risco ambiental ou social. Proporcionou ainda, a discussão do processo de trabalho das ESF, já que apontou a necessidade das mesmas se apropriarem das informações de base local para o planejamento de suas ações, que foi constatado que não acontecia.