Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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CONSTRUÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE UM INSTRUMENTO PARA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA
Elenúbia Magalhães Miranda, Polyanna Paixão de Moura, Dulce Helena de Sousa, Fabíola Pereira Nobre, Danielle Rosa Evangelista

Resumo


INTRODUÇÃO: A lei do exercício profissional garante a realização de consulta de enfermagem. Envolve um processo complexo visando prevenção e resolutividade de agravos da biodinâmica feminina. Esse processo requer entrevista e exame físico completos, para tal é importante utilização de instrumento que sirva de orientação e organização da consulta, a fim de subsidiar uma assistência de qualidade. OBJETIVO: Construir e aplicar um instrumento de coleta de dados em prevenção ginecológica. METODOLOGIA: Trata-se de estudo descritivo sobre a construção de um instrumento de coleta de dados. A elaboração se deu após leitura de manuais técnicos do Ministério da Saúde e artigos científicos da área, sendo construído em setembro de 2011, durante estágio acadêmico em Unidade Básica de Saúde do município de Fortaleza-CE. É composto por histórico, exame físico e ginecológico. Após a realização de pré-testes, o mesmo foi modificado. A aplicação do instrumento ocorreu durante consultas de enfermagem, realizadas por acadêmicos e com supervisão direta da professora, nos meses de outubro a novembro de 2011. Participaram da pesquisa mulheres que procuraram, de forma espontânea, assistência quanto ao exame de prevenção ginecológica. Na consulta, a paciente era inscrita em livro ata constando nome completo, idade, endereço e principais achados do exame. Em seguida, realizava-se consulta de enfermagem com o formulário construído. RESULTADOS: Foram realizadas 44 consultas de enfermagem ginecológica. A idade das mulheres foi em média de 37 anos. O grau de escolaridade foi variável, sendo o mais presente o Ensino Fundamental Incompleto, correspondendo a 13 (29,5%). A maioria das mulheres era solteira, ou seja, 21 (47,7%). A menarca variou entre 9 a 16 anos, sendo predominante aos 12 anos (22,7%). As idades da coitarca mais comuns foram 16 (13,6%) e 17 (13,6%) anos, 23 (65,7%) referiu parceiro único. Quanto à quantidade de secreção vaginal houve maior prevalência da moderada, ou seja, 22 (57,9%). O aspecto da secreção mais prevalente foi o leitoso, 25 (86,2%). Para 27 (84,4%) mulheres a cor da secreção analisada foi branca. O colo encontrava-se normal em 36 (85,7%) mulheres. O teste de Schiller teve resultado negativo em 35 (92,1%) pacientes. CONCLUSÃO: O instrumento foi importante para vivência acadêmica dos discentes na prática clínica de enfermagem, pois possibilitou melhor processo ensino-aprendizagem e melhor qualidade na assistência à saúde.