Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS ATRAVÉS DE HÁBITOS SALUTARES: PERSPECTIVAS PARA REDIRECIONAR AS PRÁTICAS DE SAÚDE
Regina Estella Kato, Guilherme Santos Ramos

Resumo


A Hipertensão Arterial Sistêmica e o Diabetes mellitus representam dois dos principais fatores de risco, contribuindo decisivamente para o agravamento deste cenário em nível nacional. A hipertensão afeta de 11 a 20% da população adulta com mais de 20 anos. Cerca de 85% dos pacientes com acidente vascular encefálico e 40% das vítimas de infarto do miocárdio apresentam hipertensão associada e esta se configura quando a pressão ≥ 140/90 mmHg (BRASIL, 2001). Através de uma pesquisa descritiva, objetivou-se identificar o impacto da atividade física e de orientações sobre hábitos alimentares de vida saudável (pouca ingestão de sal, açucar e gordura) na pressão arterial sistêmica e na glicemia capilar dos integrantes do grupo operativo HIPERDIA por um período de 80 dias nas Estratégias Saúde da Família Gera Saúde I e II localizadas na Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de Bandeira, situado no Vale do Jequitinhonha no interior de Minas Gerais. O grupo é composto por 42 pessoas, sendo 11 (26,19%) do sexo masculino e 31 (73,81%) do feminino. A média de idade encontrada foi de 65 anos, variando de 41 a 72. São realizados durante a semana dois encontros na UBS, no período matutino, para pratica de alongamentos físicos e troca de relatos pessoais acerca não somente das doenças em si, e também questões quanto à medicação e alimentação seguidos de caminhada pela cidade por aproximadamente 30 minutos. Os pacientes tiveram os dados clínicos da pressão arterial e da glicemia capilar mensurados antes e após o programa e analisados comparativamente por médicos e enfermeiros. Pode-se perceber que os valores pressóricos e glicêmicos dos integrantes assíduos ao grupo que comparecem pelo menos uma vez por semana (cerca de 89% do total de integrantes), mantiveram-se estáveis (média de 160x110 mmHg e 150 mg/dl) se comparados com as médias de valores antes da adesão ao programa (220x140 mmHg e 180 mg/dl) evidenciando a eficácia do mesmo. É importante salientar que o exercício em si, pouco ajuda senão associado a hábitos alimentares saudáveis, praticados regularmente de maneira prazerosa e descontraída. É vital que as Estratégias de Saúde da Família incentivem e promovam práticas salutares na comunidade, ademais tais atividades devem ser divulgadas não somente pelos profissionais de saúde, mas também pelo seus próprios protagonistas.