Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Coordenação do cuidado dos portadores de hipertensão arterial sistêmica na Estratégia Saúde da Família do município de Ponta Porã/MS.
Renata Palópoli Pícoli, Elis Regina Martins Oliveira, Honório Ferreira Barbosa

Resumo


Caracterização do problema: A proposta de coordenação do cuidado de pessoas portadoras de hipertensão arterial sistêmica (HAS), de uma microárea da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Sanga Puitã, no município de Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, nasceu a partir da identificação das fragilidades no acompanhamento dessas pessoas, pela equipe de saúde. Descrição da experiência: foi realizada a identificação e classificação por cores dos prontuários de pessoas portadores HAS com a finalidade de alertar o profissional de saúde sobre a condição de saúde da pessoa. Posteriormente, realizou-se a elaboração e aplicação do formulário que contemplava as seguintes informações: idade, sexo, número consultas médicas e enfermagem e de aferições tensão arterial nos últimos 12 meses, registro de glicoteste, referenciamento para especialidades, medicação em uso, tempo de diagnóstico de HAS, participação em atividades educativas, classificação de risco para evento cardiovascular, por meio do escore de Framingham e índice de massa corporal. O formulário foi aplicado em 40 pessoas portadoras de HAS, durante a consulta de enfermagem e análise do histórico do prontuário do paciente. Em seguida, foi aplicado um questionário aos portadores de HAS, a fim de identificar o nível de conhecimento deles sobre a doença. Efeitos alcançados: observou-se que 62,5% dos hipertensos tinham entre 50 e 69 anos de idade. Quanto ao acompanhamento, 42,5% dos portadores de HAS não tinham nenhuma consulta médica registrada no prontuário da Unidade, mostrando necessárias a coordenação desses pacientes e a necessidade de ações no sentido de trazê-los para a demanda planejada da Unidade. Quanto ao teste de glicemia, evidenciou-se que 35% nunca o haviam realizado. O escore de Framingham revelou que 39% dos portadores apresentavam risco alto ou moderado para evento cardiovascular. Aplicação do questionário foi importante para a identificação do conhecimento do paciente sobre a sua doença e, posterior, desenvolvimento de ações educação em saúde. A coordenação de cuidado aos portadores de HAS ampliou as ações de prevenção primária e secundária e contribuíram significativamente para o controle desses agravos e melhora na condição de saúde dessas pessoas. Recomendações: necessidade de ampliação dos esforços e dedicação da equipe de saúde e do paciente para a coordenação de cuidado dos portadores de HAS e ampliação da proposta para outras microareas da UBSF.