Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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O ser, o saber e o fazer do ACS avaliados numa proposta de supervisão participativa
Denise Gaeschlin Almeida, Rosimere Pazos Mareque Espinho, Elani Maria de Carvalho Rodrigues, Berenice Ribeiro

Resumo


A implantação, pela SMSDC-Rio, da Carteira de Serviços da Atenção Básica viabilizou a padronização dos serviços oferecidos e o processo de acompanhamento.OBJETIVO: Avaliar a qualidade da visita domiciliar realizada pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) da Coordenadoria de Área de Planejamento 22 (CAP 22) e sistematizar uma metodologia mais resolutiva de supervisão deste processo de trabalho.METODOLOGIA: A abordagem deu-se pela supervisão participativa das visitas domiciliares de famílias e ACS previamente sorteados, observando-se a utilização dos protocolos e dos recursos locais disponíveis, no período de Julho a Setembro de 2011. Foi utilizado um instrumento de avaliação elaborado pela equipe de supervisão da Estratégia de Saúde da Família da CAP 22 e os resultados do terceiro trimestre de 2011. RESULTADOS: Foi percebida não só a existência de vínculo entre o ACS e o morador como também uma grande demanda por fluxo assistencial, com foco na doença e não na promoção e prevenção. Além disso, constatou-se a necessidade de maior aproximação entre as atividades do ACS e equipe técnica, principalmente no que concerne as situações de risco em que o ACS não conseguiu resolução e encaminhamento. Muitos casos têm sido encaminhados majoritariamente conforme demanda, em detrimento das situações de risco que precisariam ser captadas conforme os protocolos. A importância da informação como um dos fatores norteadores do processo de trabalho não se mostrou devidamente valorizada por parte de alguns profissionais. DISCUSSÃO: Surpreendentemente, o sistema de informação não é utilizado pelos ACS e suas equipes como um dos fatores norteadores para planejar estratégias de intervenção. A existência do vínculo entre moradores e ACS não garantiu um processo de trabalho com foco na saúde. O processo de supervisão participativa reforçou a percepção da necessidade de educação permanente voltada para as linhas de cuidado e para o manuseio do sistema de informação. CONCLUSÃO: A análise dos resultados das supervisões e dos indicadores do terceiro trimestre aponta para a necessidade de desenvolvimento de estratégias para qualificar o registro dos dados no Prontuário Eletrônico, aliada à adequada capacitação quanto ao manuseio do sistema. O instrumento utilizado foi ampliado no decorrer do processo de forma a fornecer dados mais facilmente mensuráveis e que ampliassem a capacidade de avaliar o desempenho do ACS.