Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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O Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) na ótica das Equipes de Saúde da Família de uma Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS) do município de Juiz de Fora
Naiara Silva Vilela Eiras, Luana Vieira Toledo, Rosiene Gonçalves de Souza, Lidiane Cioni de Avellar, Edna Aparecida Barbosa de Castro, Marília Faria Oliveira

Resumo


Introdução: O Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) é um instrumento de gerenciamento do SUS que tem o intuito de monitorar e avaliar as ações e serviços de saúde desenvolvidos pela Estratégia de Saúde da Família. Uma de suas funções é produzir indicadores que possam ser utilizados em planejamentos e intervenções para a melhoria da qualidade de vida da população e do funcionamento do serviço de saúde. Sendo assim, o SIAB é uma importante ferramenta da Atenção Primária à Saúde (APS), devendo ser de utilização rotineira pela ESF. Objetivo: Tendo em vista que o trabalho das equipes de saúde da família está intimamente ligado ao processo de produção de dados pelo SIAB, o presente estudo teve como objetivo avaliar o SIAB, com enfoque na compreensão das equipes de saúde acerca dos elementos e das variáveis que compõem suas fichas, em especial a Ficha A, buscando definir seus limites e possibilidades enquanto instrumento norteador do planejamento de saúde local. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa dos dados, por meio entrevistas individuais, semi-estruturadas, com membros de três equipes de saúde da família do município de Juiz de Fora, MG. Resultados: Após análise e interpretação dos dados coletados, pode-se observar que há um desconhecimento por parte da maioria dos membros das equipes de saúde desta unidade sobre as reais funções do SIAB. Os indicadores produzidos muitas vezes não são discutidos em conjunto para um planejamento de ações, devido ao excesso de atendimento de demanda espontânea. Observou-se que muitos dos dados que o SIAB contempla são importantes para propiciar o planejamento de saúde local, mas que estão ausentes indicadores que seriam importantes do ponto de vista epidemiológico. Além disso, há falhas em todo o processo envolvido na produção destes indicadores do SIAB pelas equipes, levando a um questionamento sobre a confiabilidade dos dados produzidos e sobre os limites de sua utilização como parâmetros de saúde.Conclusões: Os profissionais de saúde da família têm consciência de que o SIAB pode propiciar o desenvolvimento e planejamento de ações em saúde, mesmo com falhas, norteando o trabalho da equipe localmente. É necessário, entretanto, uma revisão das fichas que o compõem visando uma abordagem mais integral da população, além de uma capacitação e conscientização dos profissionais sobre a importância deste sistema.