Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Doença Falciforme e Educação em Saúde: Uma abordagem Biopsicossocial.
Luana Pires Gomes, Glecia Lemos Bezerra, Cilmara de Oliveira Nunes, Claudia Graca Cerqueira

Resumo


CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA A Doença Falciforme(DF) é a doença hereditária monogênica mais frequente no Brasil, com uma incidência de 1-3 por 1.000 nascidos vivos. Segundo o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), do Ministério da Saúde, nascem no Brasil 3.500 crianças por ano com DF e 200.000 com traço falciforme, e estima-se que 7.200.000 pessoas sejam portadoras do traço falcêmico (HbAS) e entre 25.000 a 30.000 com DF. Assim como em outras doenças crônicas, aspectos psicossociais afetam a adaptação emocional, social e acadêmica dos pacientes com DF durante toda a sua vida. Existe um número substancial de problemas relacionados à doença crônica, como dificuldade no relacionamento familiar, na interação com colegas, no rendimento acadêmico e no desenvolvimento de uma autoimagem positiva. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Este estudo consiste em um relato de experiências vivenciadas por bolsistas do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde: PET-Saúde da Família, realizado a partir de visitas domiciliarias(VD) aos pacientes portadores de DF, pertencentes a abrangência de uma Unidade de Saúde da Família(USF) do município de Feira de Santana, Bahia. Desde o primeiro contato com as famílias, foi possível perceber o desconhecimento, por parte das famílias, em relação a DF, bem como necessidade de ação educativa, onde cuidadores e portadores de DF, conjuntamente com equipe multidisciplinar (medico hematologista, farmacêutico, assistente social e psicólogo), compartilhariam suas experiências e construiriam saberes a cerca tema. EFEITOS ALCANÇADOS As reuniões realizadas em local estratégico em termos de localização, com a participação de profissionais convidados como Especialistas em DF, Assistente Social e Psicólogo foram importante para esclarecer as dúvidas, desmistificar aspectos da doença, além de momentos de reflexão enriquecedores. RECOMENDAÇÕES Ao interpretar a experiência vivenciada percebe-se que a visita domiciliária perpassa o âmbito da partilha de conhecimentos e identificação de dificuldades e fragilidades, residindo sua importância também em promover o desenvolvimento das potencialidades, autonomia, protagonismo e enfrentamento das limitações. Por fim, Constata-se a necessidade de ampliação dos trabalhos educativos sobre o assunto, apoio psicológico às famílias e melhoria da rede de atendimento, em especial com a criação de um serviço especializado no município.