Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Educação em saúde em um grupo de incontinência urinária em uma Unidade Básica de Saúde
Mayara Schmidt, Aline Cipriano, Alini Cristine Lemos, Caroline dos Santos, Francieli Cristiane de Souza Brust, Gabriela Carine de Souza, Priscila Jorge Nunes, Simone Beatriz Pedrozo Viana

Resumo


Introdução: A International Continence Society (ICS) define Incontinência Urinária (IU) como uma condição na qual a perda involuntária de urina é um problema social ou higiênico. A IU pode provocar alterações na vida da mulher em nível físico, social, psicológico, ocupacional, doméstico e sexual, tendo um impacto na qualidade de vida. A perda urinária pode afetar até 50% das mulheres, sendo que uma em cada quatro mulheres já vivenciou algum episódio. Devido aos dados epidemiológicos, a Unidade Básica de Saúde da Praia Brava da cidade de Itajaí decidiu por meio da equipe multidisciplinar, fazer um levantamento epidemiológico de certa região e intervir através de um grupo de educação em saúde para pessoas com IU. Objetivos: O presente grupo tem por objetivo geral promover educação em saúde do publico com queixa de IU, sendo os objetivos específicos minimizar os sinais e sintomas e promover conscientização da população quanto ao assunto. Metodologia: A atividade do grupo de IU foi realizada no segundo semestre de 2011, na Unidade Básica de Saúde a cada quinze dias, com duração de 1h30min. Após o levantamento de dados de mulheres que possuíam a queixa foram entregues convites as mesmas para participar do grupo. O mesmo foi composto por uma fisioterapeuta, dois acadêmicos do curso de fisioterapia e dois do curso de medicina da UNIVALI. Em seu desenvolvimento houve atividades teóricas e práticas, sendo as teóricas noções básicas de anatomia pélvica, terminologia da incontinência urinária, sinais e sintomas, higiene pessoal, tratamento fisioterapêutico e clínico, nas práticas, exercícios fisioterapêuticos para fortalecimento dos músculos do períneo, mobilidade pélvica, alongamento dos membros inferiores e propriocepção do assoalho pélvico. Resultados: Das 12 mulheres convidadas para o grupo, participaram em média 4 por encontro. Durante o decorrer das atividades, perceberam-se potencialidades e fragilidades. Dentre as potencialidades incluem-se a boa aceitação da maioria das mulheres em relação ao grupo, tendo participação ativa, realizando os exercícios e relatando mudanças de hábitos de vida. As fragilidades foram a falta de um ambiente reservado e a não participação de algumas mulheres convidadas. Considerações finais: É de grande importância que atividades como esta sejam desenvolvidas com mulheres, tanto para o cuidado da saúde, como a importância de uma equipe multiprofissional clínico e fisioterapêutico para melhora da qualidade de vida dessas.