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Educação em saúde em um grupo de incontinência urinária em uma Unidade Básica de Saúde
Resumo
Introdução: A International Continence Society (ICS) define Incontinência Urinária (IU) como uma condição na qual a perda involuntária de urina é um problema social ou higiênico. A IU pode provocar alterações na vida da mulher em nível físico, social, psicológico, ocupacional, doméstico e sexual, tendo um impacto na qualidade de vida. A perda urinária pode afetar até 50% das mulheres, sendo que uma em cada quatro mulheres já vivenciou algum episódio. Devido aos dados epidemiológicos, a Unidade Básica de Saúde da Praia Brava da cidade de Itajaí decidiu por meio da equipe multidisciplinar, fazer um levantamento epidemiológico de certa região e intervir através de um grupo de educação em saúde para pessoas com IU. Objetivos: O presente grupo tem por objetivo geral promover educação em saúde do publico com queixa de IU, sendo os objetivos específicos minimizar os sinais e sintomas e promover conscientização da população quanto ao assunto. Metodologia: A atividade do grupo de IU foi realizada no segundo semestre de 2011, na Unidade Básica de Saúde a cada quinze dias, com duração de 1h30min. Após o levantamento de dados de mulheres que possuíam a queixa foram entregues convites as mesmas para participar do grupo. O mesmo foi composto por uma fisioterapeuta, dois acadêmicos do curso de fisioterapia e dois do curso de medicina da UNIVALI. Em seu desenvolvimento houve atividades teóricas e práticas, sendo as teóricas noções básicas de anatomia pélvica, terminologia da incontinência urinária, sinais e sintomas, higiene pessoal, tratamento fisioterapêutico e clínico, nas práticas, exercícios fisioterapêuticos para fortalecimento dos músculos do períneo, mobilidade pélvica, alongamento dos membros inferiores e propriocepção do assoalho pélvico. Resultados: Das 12 mulheres convidadas para o grupo, participaram em média 4 por encontro. Durante o decorrer das atividades, perceberam-se potencialidades e fragilidades. Dentre as potencialidades incluem-se a boa aceitação da maioria das mulheres em relação ao grupo, tendo participação ativa, realizando os exercícios e relatando mudanças de hábitos de vida. As fragilidades foram a falta de um ambiente reservado e a não participação de algumas mulheres convidadas. Considerações finais: É de grande importância que atividades como esta sejam desenvolvidas com mulheres, tanto para o cuidado da saúde, como a importância de uma equipe multiprofissional clínico e fisioterapêutico para melhora da qualidade de vida dessas.