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O Projeto Vidas Paralelas (PVP) constitui proposta de qualificação do Controle Social e Gestão Participativa em Saúde do Trabalhador, nacionalmente implementada pelos Ministérios da Cultura e Saúde, Universidade de Brasília e Rede Escola Continental em Saúde do Trabalhador. Teve início no Estado da Paraíba em 2008, com base em experiências estaduais de organização comunitária, Educação Popular em Saúde e de Extensão Popular. O PVP visa estimular à formação crítica de trabalhadores de diferentes categorias profissionais, enfatizando a construção dá sua autonomia e criticidade, especialmente no âmbito da Saúde do Trabalhador. As ações enfocam difusão da prática e vivência cotidiana destes trabalhadores, compartilhadas coletivamente a partir da produção cultural dos mesmos ao registrarem em áudio e imagens seu cotidiano laboral e de vida, com câmeras fotográficas a eles cedidas em termo de comodato. Atualmente a condução do projeto se dá em três eixos: encontros quinzenais com os trabalhadores; visitas domiciliares e ao local laboral destes, promovidas pelos estudantes; reuniões semanais do grupo organizativo. As oficinas quinzenais acontecem tanto na UFPB quanto em espaços de protagonismo social dos participantes. Sendo estratégias de diálogo, organização político-social e troca de experiências de vida, se apresentam como cenário no compartilhamento de cultura e saúde do trabalhador no âmbito do Projeto, oportunizando o crescimento coletivo e a qualidade de vida. Como ressalta a Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa, é imprescindível apoiar um conjunto de atividades voltadas ao aprimoramento da participação social na gestão do SUS, o que permitiria maior eficácia, eficiência e efetividade. Assim, envolvem-se os trabalhadores num processo de reflexão e documentação sobre suas vidas e seu cotidiano laboral, dialogando e expressando seu mundo por meio de aparelhos audiovisuais e socializando-os em redes de discussão. O PVPPB busca facilitar um encontro transformador entre os atores sociais do mundo do trabalho, seus movimentos, sindicatos e organizações populares/comunitárias, a partir de uma análise crítica desta realidade, considerando seu próprio olhar, para que assim se construa uma rede qualificada de sujeitos conscientes dos seus direitos e pró-ativos na busca pela efetivação dos mesmos.