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Introdução: A extensão universitária como um elo importante entre a Universidade e a comunidade, sendo um espaço estratégico para promover práticas integradas entre várias áreas do conhecimento. Potencializa o desenvolvimento de uma consciência cidadã e humana, contribuindo para a formação de sujeitos capazes de se colocarem no mundo com uma postura mais ativa e crítica. Objetivo: Analisar a percepção dos acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) sobre o desenvolvimento de ações extensionistas em comunidades na perspectiva da educação popular. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório e descritivo. Foram entrevistados extensionistas das áreas de Medicina, Farmácia, Enfermagem e Odontologia, totalizando 24 estudantes. Adotou-se um roteiro de entrevistas para a coleta de dados abordando questões sobre o conceito de saúde, interdisciplinaridade, educação popular, saber popular e saber científico, educação e saúde, teoria e prática, trabalho em comunidade e a formação profissional, papel social da universidade, formação acadêmica além de identificar pontos positivos e negativos sobre a inserção em projetos de extensão. Adotou-se a análise de conteúdo (Bardin, 2007) e o projeto foi aprovado pelo Comitê de ética e pesquisa da Ufes. Resultados: Os resultados demonstram que a extensão é percebida como forma de integração da Universidade com a comunidade, oportunizando experiências interdisciplinares, despertando consciência política e articulação teoria e prática. Ainda prevalece uma concepção assistencialista das ações realizadas, no entanto percebe-se um movimento de mudança que busca uma maior participação dos sujeitos envolvidos, por meio de metodologias ativas, tendo por base a educação popular em saúde e o compromisso com a sociedade. Conclusão: Esta pesquisa buscou compreender a percepção dos estudantes da saúde sobre a Extensão para a Universidade e sociedade, valorizando os conhecimentos compartilhados nessas experiências, como uma importante vivência para a formação do profissional em saúde, e refletindo sobre a necessidade de mudanças nos projetos de extensão com vistas a oportunizar experiências que valorizem a participação dos sujeitos envolvidos bem como a integração entre o saber popular e científico, investindo também em uma formação que valorize o humano e que seja comprometida com a realidade social da população.