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FERRAMENTA PARA OTIMIZAÇÃO DA GESTÃO DO CUIDADO DE HIPERTENSOS PELA ESF
Resumo
INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica é uma doença de elevada prevalência e tem crescido de forma significante nos últimos anos. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que 35% dos indivíduos idade igual ou superior a 40 anos são portadores de hipertensão. O controle inadequado da pressão arterial, decorrente do abandono ou irregularidade do tratamento medicamentoso e da resistência a mudança no estilo de vida, é responsável pela elevada morbi-mortalidade associada a esta doença. Em face deste padrão, o Ministério da Saúde estabeleceu como ação prioritária da Atenção Básica, particularmente na esfera da Saúde da Família, a adoção de estratégias voltadas para um melhor controle da hipertensão arterial sistêmica.OBJETIVO: Desenvolver uma ferramenta para auxiliar a gestão do cuidado de hipertensos pela equipe de saúde da família.METODOLOGIA: Conduziu-se um estudo piloto para avaliação do instrumento de gestão usando como referência o risco de lesão. Analisou-se prontuários de 2005 a 2010 da microárea 03 da ESF 51 da USF-São Rafael, Guarulhos-SP. Um banco de dados foi construído para desenvolver o programa de gestão de cuidado, o qual gera relatórios e gráficos da situação atual e da tendência temporal do risco renal na população acompanhada bem como a evolução clinica de cada individuo a partir dos parâmetros biológico de creatinina sérica, idade, peso e gênero.RESULTADOS: De um total de 400 prontuários individuais analisados, identificou-se 64 pacientes com HAS, destes 36% não possuíam dados suficientes para obtermos o clearance de creatinina. Na classificação do estágio de DRC, foram identificados 20 pacientes entre os estágios 2 a 5. Dos 64% que utilizam a UBS, nenhum realizou a avaliação da progressão da doença renal como preconizado pelo Ministério da Saúde.CONCLUSÃO: A ferramenta permite avaliação rápida da situação de saúde dos hipertensos possibilitando uma intervenção mais efetiva da ESF. Esse instrumento possibilita o monitoramento do risco individual e coletivo bem como o impacto das ações implementadas pela equipe na promoção da saúde e prevenção dessas doenças. Através de gráficos podem-se identificar os períodos de melhora e piora da saúde e relacioná-los os hábitos de vida do individuo, moldando o tratamento de acordo com as necessidades do indivíduo e evitando massificação das condutas.