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Geoprocessamento para o Mapeamento Territorial e Planejamento do Programa Saúde da Família na Área de Planejamento 3.2, do Município do Rio de Janeiro
Resumo
Introdução: Território e vinculação de uma determinada população a um grupo de profissionais de saúde são idéias centrais do Programa Saúde da Família (PSF) e para tal torna-se necessário o reconhecimento das características demográficas, sociais, econômicas e epidemiológicas desta população. Sabendo-se que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibilizam várias informações por setores censitários, pensou-se numa modelagem territorial que definisse não só as áreas de abrangência das equipes de saúde como também permitisse o melhor conhecimento da realidade local e planejamento de ações específicas. Justificativa: Contribuir para a territorialização da AP 3.2 (Área Programática 3.2), assegurando a compatibilização entre setores censitários do IBGE, áreas de abrangência da unidade de saúde e demais fontes. Objetivo: Mapear espaços geográficos para a delimitação das áreas de abrangência do PSF, com base nos setores censitários do IBGE, para subsidiar o planejamento de ações das Equipes de Saúde da Família (ESF). Metodologia: Foi utilizado banco de dados secundários do Censo 2010 do IBGE. As imagens das áreas de abrangência das unidades de saúde, feitas no Google Earth ©, sob o agregado de setores censitários, serviram como bases cartográficas para o georreferenciamento. Estas informações foram posteriormente inseridas no software ARCGIS©. Resultados: Foram mapeados territórios de oito unidades de saúde da família, totalizando 291 setores censitários para a construção da área de abrangência de cada uma das unidades, 18 destas foram alterados em sua geometria para adequarem às barreiras geográficas ou a dimensão territorial. Com média de 7 setores censitários por ESF, equipes com aproximadamente 4000 habitantes. A maior densidade demográfica foi encontrada nos setores censitários dos aglomerados subnormais. Identificou a predominância do sexo feminino e faixa etária adulta (20 a 59 anos), mais de 90% dos setores possuem saneamento básico e o nível de escolaridade maior que cinco anos. Conclusão: Os resultados mostram que o agregado de setores censitários e as suas variáveis apóiam o planejamento e a gestão em saúde, de acordo com a realidade local e área delimitada, princípios básicos do PSF. Além disso, o mapeamento por setores censitários permite um intercâmbio de informações entre os dados produzidos e os gerados localmente para monitoramento das ações e também para subsídio do trabalho de campo das equipes.