Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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SEMINÁRIO DE GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: a valorização do trabalhador da saúde
Carine Vendruscolo, Letícia de Lima Trindade, Henrique Antunes Vitalino, Lucimare Ferraz, Fernanda Fabiana Ledra

Resumo


O recrutamento de trabalhadores da área da saúde, com qualificação e medidas que fortaleçam seu vínculo com os serviços e usuários, exige investimentos em sua formação e aperfeiçoamento, que devem valorizar suas competências para a atenção à saúde de qualidade. A fim de cumprir a normativa constitucional que atribui ao Sistema Único de Saúde (SUS) ordenar a formação de recursos humanos, passa a integrar o Ministério da Saúde a Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde (SGETES), composta pelo Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde, que trata da valorização do trabalhador; e pelo Departamento de Gestão da Educação na Saúde, que coordena a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (EPS), cujas novas diretrizes instituem as Comissões de Integração Ensino-Serviço (CIES). O II Seminário de Gestão do Trabalho (GT) e I Seminário de EPS, promovido pela CIES da Macrorregião Extremo Oeste II de SC, com apoio de outras instituições, objetivou sensibilizar e instrumentalizar os quatro segmentos que compõem a CIES: gestão, assistência, ensino e controle social, para a construção e organização da EPS, integrando a gestão do SUS, e para a valorização do trabalhador da saúde. Desenvolveu-se em dois dias, nos quais foram debatidos temas: Plano de Carreira, Cargos e Salários; vínculos de trabalho; espaços de negociação das relações de trabalho; EPS e humanização da qualidade do trabalho. Com o objetivo de valorizar o trabalhador e seu trabalho, é indispensável que os temas e as preocupações que distinguem o campo da GT e da EPS conquistem status de política central em todas as esferas de gestão do SUS. Ao discurso, já conhecido, da importância que representam os trabalhadores nas ações e serviços de saúde, devem-se somar reflexões, intenções e gestos que materializem o reconhecimento destes como operadores essenciais dos cuidados à população. O evento ofereceu oportunidade de exploração e ampliação dos conhecimentos já consolidados e possibilitou, a partir das experiências e dificuldades discutidas, a identificação de estratégias para superação de problemáticas comuns na gestão dos sistemas locais de saúde. Tornar o tema comum nas agendas dos que operam o SUS é definitivamente assumir e enfrentar as dificuldades que lhe são próprias e complexas, além de indicar a determinação política de consolidá-lo no que é, inequivocamente, sua mais laboriosa e fundamental dimensão: o trabalho em saúde.