Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Situação da cobertura do programa da Estratégia de Saúde da Família em um município da 4ªCRS.
Andreza Lima Cardoso, Lauren Sattis Onofrio

Resumo


A partir das vivências e estágios na realidade do Sistema Único de Saúde (ver-SUS) o qual abrangeu a região da 4ª CRS em um período de 9 dias, foi possível acompanhar o funcionamento do SUS nos diferentes níveis de atenção de 5 cidades da região. No entanto, diante de sua importância, tivemos um olhar mais atento as Estratégias de saúde da família das regiões. Uma região em especial, nos deixou preocupados por não estar funcionando com uma cobertura digna de acesso à população, pecando dessa forma, nas ações de promoção e prevenção de saúde do município. A Estratégia Saúde da Família (ESF), criada pelo Ministério da Saúde em 1994, tem como um de seus fins promover ações individuais e coletivas que visam a promoção e prevenção da saúde. Essas ações, aplicadas a partir da realidade dos problemas dos determinantes de saúde de uma comunidade ou território delimitado, mostra sua relevância no que diz respeito a atenção integral, contínua, humanizada, e que oferece melhores condições de vida à população. Diante disso surge a pergunta retórica: Estaria uma cidade com aproximadamente 261.027 habitantes e apenas 15% da área total do território coberto por estratégias de saúde da família oferecendo condições dignas de saúde a sua população? A pergunta anterior ao ser analisada só nos deixa como resposta cada vez mais perguntas e indignações. Uma grande cidade, como a analisada, oferece segundo sua a prefeitura municipal apenas 14 ESF. Esse número pequeno de unidades, frente à demanda da população, e aos princípios gerais da atenção / de promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde presentes na PORTARIA Nº 648/GM DE 28 DE MARÇO DE 2006 é um retrocesso na saúde pública do município, além de fazer com que as grandes filas de espera nos hospitais de alta complexidade aumentem. Frente a breve explanação, é inadmissível que a atual gestão do município reveja suas ações de saúde e aumente o número de ESF na região de forma que a população, de forma universal e integral, fique dignamente amparada com ações de saúde que condizem com suas necessidades de saúde, socioeconômicas culturais e geográficas. Pois, como traz a portaria anteriormente citada compete às Secretarias Municipais de Saúde e ao Distrito Federal: “organizar, executar e gerenciar os serviços e ações de Atenção Básica, de forma universal, dentro do seu território, incluindo as unidades próprias e as cedidas pelo estado e pela União”.