Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Hipertensão e diabetes: O cuidado com adolescentes.
Ana Marcela Nogueira, Heloisa Lopes Oliveira, Ricardo Fonseca Filho, Rafael Mello Martins, Laís Carvalho Leite, Sonia Regina Souza

Resumo


Introdução: Segundo a OMS estima-se que mundialmente existem trezentos e cinquenta milhões de pessoas diabéticas e um bilhão de hipertensas. Tais doenças são crônicas, por tanto, torna-se claro que o acolhimento e acompanhamento da pessoa que já está com essas doenças estabelecidas são essenciais, porém é primordial o desenvolvimento de ações preventivas, atuando em grupos mais vulneráveis por hábitos ruins característicos, como os adolescentes. Objetivos: Prevenir o desenvolvimento de diabetes mellitus e hipertensão diretamente na adolescência e antecipadamente a fase adulta interferindo nos hábitos insanos do jovem que já possui potencial para ser um adulto doente. Aproveitando da fase construtora de ideias e costumes característica dessa etapa da vida, inserindo hábitos saudáveis, antes que se solidifique uma postura adulta comprometedora da qualidade de vida. Métodos: Em parceria com uma UBS em Guarulhos-SP, foi desenvolvido em uma escola municipal, um trabalho com os adolescentes do segundo colegial, em uma sala mista de trinta e cinco alunos, dividido em duas etapas. Na primeira etapa foi aferida a glicemia capilar, a pressão arterial e calculado o IMC de cada aluno. Na segunda etapa ocorreu uma palestra explicativa sobre hipertensão e diabetes associados a hábitos saudáveis e depois o esclarecimento das dúvidas referentes em uma roda de conversa. Resultados: A coleta de dados da primeira etapa demonstrou que embora não tenha ocorrido detecção de diabéticos, 14% demonstraram potencial para desenvolvimento de obesidade, pois estão no sobre peso, sendo a obesidade um fator predisponente a diabetes. Alem disso 17% estavam em um quadro hipertensivo. A análise da segunda etapa demonstrou muitas informações erradas que os jovens possuíam sobre hábitos de vida saudáveis. Os adolescentes não conseguiram fazer associações claras e básicas entre hábitos errados e suas percussões comprometedoras na saúde, como: o que a falta de atividade física e alimentação desbalanceada provoca ao organismo. Conclusão: Devido ao crescente sedentarismo e ingestão de fastfoods associados às mensagens ruins da mídia, os adolescentes estão mais predispostos a tornarem-se hipertensos e diabéticos. Sendo necessária a intervenção com olhar mais amplo e comunitário, em ambiente propício para educação em saúde, além da UBS ou hospital, a escola. Criando vínculos entre o profissional de saúde, o adolescente, UBS e a Instituição de ensino.