Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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INFLUÊNCIAS DO NASF NA EPIDEMIOLOGIA DA HIPERTENSÃO E DIABETES MELITTUS EM UMA CIDADE DO NORDESTE BRASILEIRO
André Fonseca Nunes, Manoel Guedes Almeida, Tayná Maria Gonçalves Varão Silva, Laureni Dantas de França, José Ivo dos Santos Pedrosa, Dhony Ferraz da Silva Almeida

Resumo


INTRODUÇÃO A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é a mais freqüente doença cardiovascular, sendo o principal fator de risco de agravos potencialmente fatais. Associada à diabetes melittus (DM), é a primeira causa de mortalidade e hospitalizações no Brasil. Diante disso, fora criado um programa de monitoramento através da Portaria nº 371/GM, o Hiperdia. O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) tem como diretriz maior a integralidade em ações de prevenção e promoção da saúde. Assume, pois, papel importante na redução dos fatores predisponentes às doenças cardiovasculares e metabólicas citadas. OBJETIVOS Abordar as variações na prevalência de hipertensão e diabetes e as influências das ações do NASF sobre quanto ao seu controle na cidade de Parnaíba-PI, de 2002 a 2011. METODOLOGIA Pesquisa exploratória quantitativa usando indicadores diretos e indiretos das bases Scielo, DATASUS e BVS. RESULTADOS Constataram-se padrões relativamente definidos de variações epidemiológicas, com um ano de grande notificação seguido por três anos de redução contínua até um novo surto. Esse padrão não fora observado em nenhuma outra cidade do Estado. Convém ressaltar que o Piauí é um dos Estados com maior cobertura da ESF, o que possa virtualmente reduzir a sub-notificação. Na cidade de Parnaíba em particular, as ações conjuntas do NASF à ESF a partir de 2009 tiveram como objetivo primeiro a atenção à saúde do idoso e atualização do hiperdia, havendo uma redução de 89,64% na taxa de prevalência de HAS e DM até 2011. Todavia, de 2002 a 2004 houve registro de 97,78% na taxa, o que reduz a certeza quanto aos efeitos do NASF sobre esses agravos. Quanto aos casos de alto e altíssimo risco, houve redução de 91,00% após a implantação do NASF e de 74,42% no período de 2002 a 2004. CONCLUSÕES As intervenções do NASF se refletem na epidemiologia da HAS e DM. Apesar haver picos de prevalência intercalados por períodos decrescentes de casos em épocas anteriores ao Núcleo, após sua implantação houve redução acentuada nos casos de maior risco. As ações do NASF na região se concentram em grupos de idosos, não havendo projetos na cidade voltados à promoção da saúde do jovem. Pode-se intuir que por isso haja redução pouco significativa na prevalência geral dos agravos, visto que as intervenções são postas apenas em grupos cujas doenças já se instalaram. Desse modo, cabe ressaltar a importância de políticas públicas de combate a doenças crônico-degenerativas na infância e juventude.